15/05/2025 01:37

473 mil não reconhecem vínculo com entidades, diz presidente do INSS

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, afirmou nesta quarta-feira (14) que 473 mil beneficiários disseram não reconhecer ou autorizar vínculo com entidades trabalhistas, como sindicatos e associações, que realizaram descontos em suas aposentadorias e pensões.

A quantidade representa 98,6% das 480 mil pessoas que acessaram o sistema do INSS contestando os descontos associativos.

Os dados foram coletados até às 16h desta quarta e divulgados pelo instituto em coletiva de imprensa sobre o primeiro dia de uso do aplicativo “Meu INSS” para contestar descontos.

“Até às 16h de hoje, 480.660 pedidos foram feitos, abertos pelo sistema. A gente verifica que isso é um dado muito inferior daqueles curiosos que adentraram para consultar, ver se estava funcionando”, afirmou Waller a jornalistas em Brasília. “Desses 480.660, 473.940 pessoas, ou seja, 98,6%, informaram não reconhecer o vínculo, não reconhecer o desconto.”

 

O INSS iniciou nesta quarta-feira (14) a abertura dos pedidos de ressarcimento dos valores descontados indevidamente.

O serviço de solicitação de reembolso estará disponível no aplicativo “Meu INSS” e no “Central de Atendimento 135”. O aplicativo chegou a apresentar instalibilidades pela manhã, e Waller recomendou que os usuários “tenham calma”.

O próprio aplicativo encaminhará a contestação à associação ou sindicato, informando que o aposentado ou pensionista não reconhece a cobrança.

A entidade terá até 15 dias úteis para apresentar documentos que comprovem a autorização da cobrança. Caso não consiga, contará com mais 15 dias para realizar a devolução do valor.

A quantia não será depositada diretamente na conta dos aposentados ou pensionistas, como forma de proteger os dados bancários e prevenir novas fraudes. O valor será restituído ao INSS, responsável por repassar o montante aos beneficiários.

A fraude no INSS refere-se à investigação de cobranças indevidas de associações de aposentados nos benefícios. Cerca de R$ 6 bilhões foram desviados entre 2019 e 2025.

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