85% das indústrias do país adotam alguma prática de economia circular em sua cadeia de produção, de acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), divulgado nesta terça-feira (15).
São consideradas práticas de economia circular aquelas em que se busca reduzir o desperdício ao se aproveitar o máximo do potencial de determinado recurso.
A expectativa é que esse tipo de abordagem torne os processos mais sustentáveis e reduza o impacto no meio ambiente. De acordo com o levantamento, 68% dos empresários do setor afirmam que as medidas contribuíram para a redução de emissões de gases do efeito estufa.
“É menos emissão de gases de efeito estufa, menor extração de novos recursos, melhor uso de energia. Então, as empresas reduzem a pegada de carbono da atividade industrial e evitam agravar outras questões, como a redução da vida útil dos aterros”, avalia Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.
Entre as indústrias que adotam a economia circular, as iniciativas mais praticadas são a promoção de programas de sustentabilidade ou a realização de práticas que aumentam a efetividade dos processos. Já uma prática mais comum, como a reciclagem, é adotada em três a cada dez empresas.
“A indústria é um ator-chave na transição para uma economia circular e pode contribuir ainda mais. Temos promovido uma gestão mais eficiente dos recursos e a valorização dos produtos desde a criação até o fim do ciclo de vida”, aponta o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.