Loucura – Jornal Aqui

Leandro, jurídico do Sindicato, não vê ilegalidade no acordo

Os trabalhadores da Racing – uma terceirizada que atuou na Volks e já foi embora de Resende – estão preocupados com a possibilidade de a atual gestão do Sindicato dos Metalúrgicos cancelar o acordo extrajudicial feito com a empresa no mês passado. O acordo garantiu o pagamento de todos os encargos trabalhistas que estariam atrasados e ainda as verbas rescisórias, como FGTS, horas extras, 13o salário, PLR e até plano de saúde. O cancelamento teria partido de Edimar Miguel, atual presidente do Sindicato, que sinalizou a intenção de romper o acordo e colocar a perder todos os benefícios recebidos pelos trabalhadores.
A justificativa para o cancelamento do acordo com a Racing não está muito clara, mas há quem garanta que Edimar quer cassar todos os acordos feitos pelo G5, no período em que Odair Mariano presidiu o Sindicato. Isto inclui o ACT da CSN. A possibilidade causou trabalhista. “A Racing quebrou. Ela estava em recuperação judicial há mais de cinco anos. A Volks queria a saída dela, só que ela não saía e não pagava as verbas rescisórias do pessoal. Daí, o Sindicato, na gestão do Odair, fez um acordo, e a Volks está bancando tudo, justamente para a Racing sair e os trabalhadores não ficarem no prejuízo”, comentou a fonte.
Procurado, o diretor jurídico do Sindicato, Leandro Vaz (ver foto), disse que o acordo com a Racing foi totalmente legal do ponto de vista jurídico, mas que os trabalhadores estão muito preocupados. “O Sindicato está endividado, com muitas dívidas relacionadas a vários tributos, então foi contratado um escritório de advocacia para intermediar o acordo, de forma que os valores já caíssem na conta dos trabalhadores e não na
do Sindicato. E deu muito certo. A primeira parcela já foi paga, deixando empresa, trabalhadores e Sindicato satisfeitos. Mas o Edimar quer cancelar tudo, e a única explicação que temos é porque foi o G5, na gestão do Odair, e não o próprio Edimar quem conquistou essa vitória”, lamentou.

CSN
Quanto ao Acordo Coletivo dos Trabalhadores da UPV, o aQui apurou que um grupo de advogados da CTB, contratados por Edimar, estaria com um estudo em curso para analisar a viabilidade de cassação. As análises estão sendo realizadas fora dos muros do Sindicato e estariam avançadas. Se Edimar seguir com a ideia, arrumará um problemão com os mais de quatro mil metalúrgicos que aprovaram o ACT da CSN.perplexidade até mesmo na gestão da Volks, que acompanhou as negociações do G5 com a Racing. “Pela primeira vez um presidente do Sindicato pede a anulação de um acordo histórico. Isso vai prejudicar centenas de trabalhadores, que poderão perder direitos e até o plano de saúde. E eles terão que devolver o dinheiro que receberam, uma vez que a primeira parcela do acordo já foi paga”, lamentou uma fonte, pedindo anonimato.
Segundo o aQui apurou, a Racing é uma empresa terceirizada que atendia o consórcio modular da MAN Resende (Volks). Ela estava em recuperação judicial, o que a levou ao descumprimento da legislação

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