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Mauro Campos apresenta pré-candidatura à prefeitura de VR e anuncia Pastora Raquel Costa como vice

Com uma trajetória de sucesso nos setores da construção civil, agrícola, de alimentos, entre outros segmentos, o empresário Mauro Campos está pronto para adentrar no cenário político. Na noite de quinta-feira, dia 23, ele oficializou sua pré-candidatura à prefeitura de Volta Redonda pelo Partido Novo, em um evento realizado na nova sede do partido, no bairro Aterrado.

O evento não apenas marcou o lançamento da pré-candidatura de Mauro, mas também revelou o nome de sua pré-candidata a vice-prefeita: a pastora Raquel Costa Pereira Paulino. Antecedendo o lançamento, Mauro Campos concedeu uma entrevista à reportagem da Folha do Aço, onde compartilhou seus projetos para Volta Redonda, destacando a preocupação com a perda de protagonismo da cidade no Sul Fluminense. Confira a seguir a reportagem completa.

FA – O que motivou o senhor a se candidatar à prefeitura de Volta Redonda?

Mauro Campos: O primeiro motivo para a candidatura seria a recuperação econômica e social da cidade. Hoje nós temos uma cidade que não cresce, que não evolui, que não atrai empresas e perdendo o protagonismo para todo o Sul Fluminense. Todas as cidades cresceram. Hoje nós já vemos municípios menores, como Pinheiral e Piraí, fazendo frente à Volta Redonda. E principalmente porque toda a visão da velha política de Volta Redonda é comparando com a região, só que nenhuma das cidades da região tem uma CSN jogando milhões e milhões de impostos todo mês. Então, esse é um aspecto. Segundo, a questão precária de vários serviços públicos como transporte, educação e saúde. Enfim, reconstruir esta cidade.

Qual é a sua visão para o futuro da cidade?

Bem, a questão do futuro, isso tem que ser uma coisa muito bem traçada. O primeiro aspecto é criar a cultura do planejamento a longo prazo. Uma cidade não vai crescer de forma organizada e inteligente se ela não tiver um planejamento de longo prazo, de 10, 15 anos, e que independa do governo que estiver administrando a cidade. Portanto, nós temos que, primeiro, ter o foco: montar um planejamento estratégico com os agentes de desenvolvimento econômico e social para descobrir as tendências além do comércio e serviço, as formas de se fazer.

Quais são suas principais prioridades?

As prioridades são, como já foram ditas anteriormente, a questão do desenvolvimento econômico e social e recuperar o protagonismo da cidade no sul do Fluminense. Principalmente comparando a nossa cidade com cidades como Joinville-SC, Maringá-PR, Goiânia-GO e outras cidades do país, que são exemplos de administração, exemplos de cidade e de prestação de serviço. Eu acho que nós temos que ter um olhar para fora e não para dentro, simplesmente olhando o umbigo de uma pessoa ou de um grupinho. Nós temos que pensar em Brasil, temos que pensar e nos compararmos e seguir uns exemplos de cidades realmente vitoriosas.

Como sua experiência como empresário pode contribuir para a administração pública do Município?

Realmente, minha experiência é muito ampla. Estou há 40 anos no mercado de construção civil, agricultura, alimentos, restaurante e várias outras atividades. Isso certamente me potencializa ao utilizar toda essa experiência de quem corre riscos com seu capital, sabe investir e cuidar dele, além de seu patrimônio. Isso, sem dúvida, me baliza e credencia a ter uma perspectiva diferente, focada sempre em olhar para frente e crescer ano após ano. Comparando com o que vem pela frente, temos visto administradores que nem sequer conseguem cuidar de seu próprio patrimônio. Observamos prédios na Amaral Peixoto, velhos e acabados, que nem mesmo recebem pintura. Podemos comparar isso com a questão de como cuidar de uma cidade, de uma empresa, de uma pessoa, até mesmo individualmente. Outro aspecto é minha experiência internacional.

Quais habilidades e competências adquiridas na iniciativa privada o senhor considera mais importantes para a gestão municipal?

Eu acho que uma das mais importantes é aprender a pensar fora da caixa, ou seja, pensar no que os outros não pensaram, estudar a viabilidade, calcular, planejar e implantar. O segundo é ter a humildade de saber que sempre alguém pode ter uma ideia e uma contribuição melhor do que a sua, e isso é muito importante. E a terceira, eu acho que é ter aprendido na gestão privada a trazer o colaborador e dar o pertencimento a ele. Trazer ele como parceiro, na glória, nas coisas boas e corrigindo na hora necessária. Eu acho que é muito importante você ter o colaborador, tanto da administração privada como o servidor público, do lado sendo parceiro e contribuindo com a sua experiência.

Fale sobre os principais pontos do seu futuro plano de governo?

Na verdade, falar sobre o plano de governo agora poderia ser uma infração à legislação atual, já que poderia ser encarado como propaganda antecipada. Então, legalmente, a gente não pode ter essa atitude, mas eu acho que, se temos as prioridades dos assuntos a serem tratados, automaticamente já dá para perceber a questão de alguns pontos, pelo menos os focos do nosso plano de governo, principalmente nas prioridades como o desenvolvimento econômico sustentável. Porque com isso, você aumenta a arrecadação, racionaliza o trabalho da cidade e consegue ter mais verba, mais eficiência em todo o setor público.

Como o senhor pretende abordar questões como saúde e educação?

Bem, são aspectos importantíssimos, mas eu ainda incluiria mais um. Eu acho que hoje o maior sofrimento e a maior dor da população está exatamente no transporte público, que precisa ter inteligência e racionalização para mudar o que está errado. Se você tem um sistema viário de linhas e pontos há 20, 30, 40 anos e não funcionam porque as empresas não estão satisfeitas, não dão conta, a Prefeitura está tendo que gastar dinheiro extra com isso, e o passageiro não está satisfeito. Os custos continuam. O que precisa? É mudar o sistema. Para isso, precisa ter inteligência e boa vontade para pensar fora da caixa.

E sobre a saúde, por exemplo?

A questão da saúde e educação são problemas muito complicados que precisam ter uma visão firme e corajosa para criar uma racionalização, um sistema digital tecnológico usando inteligência artificial de previsão e planejamento para encarar a saúde. Hoje, brinco muito que há 20 anos, quando começou essa velha política na Volta Redonda atual, você tinha um telefone celular que mal você só falava, só fazia ligação. Hoje você tem um celular com o qual fala com o Japão, com a China, com o mundo inteiro, em imagem, online. E você não pode ter uma administração pública mantendo os mesmos padrões, as mesmas pessoas, as mesmas autoridades e a mesma antiguidade. Então acho que a racionalização e a modernização.

E a área da educação?

Na educação, nós precisamos ter muito carinho e mudar muita coisa, mas fazendo. Ouvindo os diretores, ouvindo os professores, ouvindo os alunos também, ouvindo os pais. Mas não em conferências para o “inglês ver”, não em grandes plateias para a imprensa divulgar. Sim, ponto a ponto, caso a caso, tête-à-tête, com grupos fechados, técnicos e interessados. Não é fazer conferências porque está na Lei Orgânica ou porque é bacana fazer. Não! Tem que ouvir os agentes que são quem produz a saúde. Não adianta eu trazer uma conferência com 500 pessoas onde só tem usuário. Aí quem vai lá faz duas, três palestras para quem é interessado em manter normalmente o que está fazendo. Não é isso. Tem que olhar para frente, olhar para cidades vitoriosas, que racionalizam e cidades inteligentes, não só porque têm internet. E não é ter internet em todo lugar. Cidade inteligente é raciocinar com a inteligência artificial e a inteligência das pessoas.

Pode nos falar sobre os pré-candidatos?

O que eu posso dizer da vice-candidata [Raquel Costa] é que é uma mulher e é uma pastora evangélica.

E os vereadores que o senhor anunciou?

Quanto aos 22 candidatos, são candidatos que nunca foram vereadores, são novos. Então, uma grande maioria esmagadora está vivenciando essa experiência pela primeira vez. E o que é mais importante, eu fiz questão de ficar com um partido só. Nós não temos candidatos de nossa preferência, diferente do que já foi dito por um dos candidatos a prefeito, que disse que vai atropelar todo mundo para eleger os 18 que estão na Câmara hoje na sua bancada. Então eu tenho dito isso, porque primeiro que eu não acho democrático, segundo que eu acho uma falta de respeito. Você não respeitar todos de forma igual, igualitária, vai contra o que preconiza a democracia e, principalmente, a boa fé. Então nós não temos esse tipo de coisa. Fazer partido para alguém se eleger e o resto se submeter, isso não é legal. Isso já começaria errado a política que contradiz a política do Partido Novo. O Partido Novo é um partido que, como o nome já sugere, é para fazer novo, para fazer diferente, para fazer certo, e isso já não seria nada, nada a favor da visão do partido.

E sua pré-candidatura, segue firme?

Eu, como pré-candidato, já estou na pré-candidatura, já estou em pré-campanha, tenho percorrido todos os bairros, tenho caminhado duas horas a três horas, praticamente todos os dias. São raros os dias em que não consigo devido a outros compromissos. Visitando os bairros periféricos, os centros e os bairros de médio porte, ou seja, caminhando e observando a realidade de perto, visitando e interagindo. Não é passar de carro e não é apenas fazer uma visita rápida. Eu, de antemão, e é importante destacar o quanto estou contribuindo com a comunidade, pois quando faço uma denúncia na internet sobre um problema, dois, três dias depois a Prefeitura vai lá e começa a resolver. Isso demonstra nossa competência, que fazemos a Prefeitura trabalhar mesmo antes de assumir o governo, com resultados muito positivos.

Quais são os maiores desafios que VR enfrenta atualmente e como o senhor planeja enfrentá-los?

Eu acho que os desafios são muitos, porque nós temos uma cidade destruída, uma cidade que é um caos, não só por obras mal planejadas, mal feitas, sem necessidade, um verdadeiro caos urbano, mas principalmente as questões estruturais de infraestrutura, de drenagem pluvial, de esgoto. Uma cidade que está há 30 anos, 20 e tantos anos nas mãos dessa velha política, chegar ao ponto de não ter água, é muita incompetência, é muita falta de inteligência, é muita falta de técnica. Não prevê que é uma cidade que tem uma siderúrgica, jogando, como eu sempre digo, milhões de impostos, um comércio que também contribui, um serviço que contribui, uma construção civil, apesar de muito prejudicada pela atual administração, na origem da construção civil, também contribui mais, trazendo milhões aqui para a cidade. Então uma cidade que não consegue calcular o quanto ela pode produzir de água estando à beira de um rio, para mim não existe incapacidade maior do que essa. Porque se nós estamos no deserto, se nós estamos no nordeste, se nós estamos numa cidade seca, inóspita, eu até admitiria, mas você do lado de um rio caudaloso, que não tem problema de falta d’água, realmente é uma incompetência a toda prova. Então acho que esse é o maior problema, um dos três maiores problemas, ou está entre os maiores, é falta d’água, má qualidade no tratamento de esgoto e drenagem pluvial na parte de infraestrutura.

Como o senhor pretende promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos na cidade?

A questão da geração de emprego e o desenvolvimento econômico, ele está primeiro na sensação do desenvolvimento econômico. Tenho dito sempre que o desenvolvimento econômico é muito similar à segurança pública. Não adianta fazer propaganda ou encher a cidade de carro de policiamento. Adianta você transmitir uma real segurança pública. Assim é o desenvolvimento econômico. Se você tem uma sensação de desenvolvimento econômico, vê uma cidade crescendo, o que vai acontecer? Um impulso. Você que tem uma loja, vê o crescimento, abre uma filial. Você que está em outra cidade e vê essa cidade crescendo, você vem para aqui. Você tem uma capacidade de crescimento, expansão da sua empresa, você vai correr atrás, porque você está tendo essa sensação. Agora, quando você vem numa cidade, entra pela 207 e vê aquela quantidade de lojas fechadas, vai na Ponte Alta, vê aquele monte de lojas fechadas, vai em todos os lugares, vê um monte de lojas fechadas. Qual a sensação que você tem? É uma cidade que está muito aquém, ou que está perdendo, porque se já existiram lojas, que já existiram serviços, quer dizer que perdeu, porque se não, não teria aquele prédio público aquela loja fechada, não existiria aí. Então a prova concreta, que não adianta telão.

E na prática, como realizar?

Eu falo muito, estão comprando não sei quantos telões aí, porque estão apavorados com o crescimento de candidatura, de pré-candidaturas e convencer a cidade, ou quem vem de fora, que está bom. Não adianta fazer um monte de florzinha, gastar milhões em luzes, ridículo iluminando árvores, avenida, canteiro, que metade já está queimada, em vez de estar cuidando e investir na saúde e na educação. Então o que você precisa criar é uma atmosfera, agora você tem vários meios. Você primeiro tem que fazer um book, preparar a cidade. Em termos de informação, de potencialidade, você tem que ir a todas as feiras em São Paulo, no Rio e internacionais, pelo menos aqui no Mercosul, no sentido de um grupo de empresários estar junto a essa organização para vender os seus produtos, seus serviços. Ir nas federações empresariais. Tem muita coisa que se pode fazer modernamente, mas para isso tem que ter as pessoas competentes, um executivo de ponta, com esse conhecimento de causa, que já fez isso em várias oportunidades, tanto no Brasil quanto no exterior. Então não é difícil. O difícil é ficar sentado numa cadeira esperando, como eu disse, de boca aberta, para que caia alguma coisa dentro. Não existe isso. O mundo real não é esse. O mundo competitivo, o mundo produtivo, o mundo de vanguarda não é esse tipo de administração que se precisa.

Qual mensagem o senhor gostaria de deixar para os eleitores que estão considerando apoiá-lo nesta pré-candidatura?

Com mais de 40 anos de experiência no setor produtivo e colaborativo, incluindo três mandatos na administração da Associação Comercial e quase duas décadas liderando o Sindicato, além de passagens pela Firjan e pela Câmara Brasileira da Construção, estou colocando meu nome para tirar Volta Redonda da crise. Esta reversão não será fácil, mas começará com a racionalização do serviço público e a promoção de qualidade e produtividade. É essencial envolver os servidores públicos, a comunidade e os vereadores no desenvolvimento da cidade. Estou comprometido com uma nova política que promova o crescimento econômico e social, melhorando os serviços públicos para toda a população.

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