• Home
  • Destaque
  • Base governista e oposição devem disputar voto a voto o veto de Lula sobre saidinha de presos

Base governista e oposição devem disputar voto a voto o veto de Lula sobre saidinha de presos

A base governista e a oposição no Congresso devem disputar voto a voto o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as saidinhas de presos. Até a noite de segunda-feira (27), segundo lideranças governistas e oposicionistas à CNN, não havia acordo fechado em relação ao tema.

Em março, o Congresso aprovou um projeto de lei que limita a chamada saidinha de presos do regime semiaberto para visitas a familiares e atividades de retorno ao convívio social. O projeto inicial aprovado pela Câmara previa a revogação da saída de presos. Foi alterado no Senado para permitir o benefício a detentos que estudam, e assim ficou. De todo modo, a proposta proibia a liberação temporária em outras datas.

Ao tornar o projeto em lei – a fase de sanção –, o presidente Lula vetou alguns trechos que haviam sido aprovados pelo Congresso, e manteve o benefício da saidinha para visitas dos presos a familiares, inclusive com a possibilidade em feriados e datas comemorativas, por exemplo. Isso acabou flexibilizando mais a iniciativa do que queriam alguns parlamentares.

Independentemente de como ficar a situação do veto, presos que cumprem pena por crime hediondo ou com violência ou grave ameaça não serão beneficiados.

Um presidente da República pode sancionar ou vetar o que o Congresso aprovar. No entanto, os parlamentares depois têm de decidir se mantêm ou derrubam o veto.

Os deputados de oposição, especialmente da bancada da segurança pública, querem derrubar esse veto de Lula. Já os que formam a base aliada do presidente querem mantê-lo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), defendeu que o governo vai conseguir manter o veto das saidinhas. Ninguém, porém, se arriscava a cravar um placar na noite desta segunda.

Em princípio, a análise do veto das saidinhas está marcada para acontecer em sessão do Congresso desta terça-feira (28) à tarde. Ao todo, a pauta da sessão conjunta de deputados federais e senadores conta com 17 vetos a serem votados – e um veto pode ter mais de um trecho a ser analisado. Há ainda projetos de lei na pauta.

Líderes governistas também trabalham para manter um veto que, na prática, não estabeleceria uma espécie de calendário para o pagamento de emendas parlamentares por parte do Executivo federal. A tentativa de acordo é que, em troca da manutenção do veto, o Planalto se comprometeria a pagar emendas com maior agilidade.

Há mais vetos pautados referentes ainda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Sem acordo, parte dos vetos na pauta – inclusive o das saidinhas – havia sido adiada depois de negociações entre parlamentares e o governo Lula. Vários acabaram não sendo votados na sessão do dia 9. Líderes afirmaram à CNN que alguma parte pode continuar a ser adiada, como sobre o registro de agrotóxicos e a Lei Geral do Esporte.

Um veto que vem sendo adiado, ainda de 2021, é o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a trechos de projeto que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional, criada na ditadura militar. Há a possibilidade de que seja votado nesta terça.

Um dos trechos vetados proíbe a punição à disseminação de fake news, com pena de até cinco anos de reclusão, fora multa. O ato foi criticado por aliados de Lula, que querem derrubar o veto.

A perspectiva é que esse veto, assim como o das saidinhas, seja disputado voto a voto no plenário.

Bancada evangélica quer derrubar veto a trecho da LDO

O presidente da bancada evangélica no Congresso, deputado federal Eli Borges (PL-TO), afirmou à CNN que o grupo vai trabalhar para derrubar um veto específico do presidente Lula relativo à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.

Ao aprovar a matéria orçamentária, no final do ano passado, o Parlamento havia estabelecido que “é vedado à União realizar despesas que, direta ou indiretamente, promovam, incentivem ou financiem”:

  1. “invasão ou ocupação de propriedades rurais privadas”;
  2. “ações tendentes a influenciar crianças e adolescentes, da creche ao ensino médio, a terem opções sexuais diferentes do sexo biológico”;
  3. “ações tendentes a desconstruir, diminuir ou extinguir o conceito de família tradicional, formado por pai, mãe e filhos”;
  4. “cirurgias em crianças e adolescentes para mudança de sexo”;
  5. “realização de abortos, exceto nos casos autorizados em lei”.

O presidente Lula, porém, ao sancionar o texto, vetou todo esse trecho. Agora, o líder evangélico quer que o Congresso derrube o veto para que essa parte volte a valer.

Não há garantias de que será analisado nesta terça. Mas, se for, é outro trecho que tende a ser disputado no voto. Os governistas devem trabalhar para que prevaleça a vontade de Lula.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Milicianos é sequestrado por bandidos que se passaram por policiais

O miliciano Wanderson Lira, conhecido como ‘Varetinha’, foi sequestrado em casa por um grupo de…

Bolsonaro pode ser preso? Saiba tamanho da pena máxima em caso de condenação

Indiciado pela Polícia Federal (PF) pela terceira vez na quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro…

Brasileirão: Fluminense leva virada do Fortaleza, mas arranca empate no fim

Fluminense e Fortaleza ficaram no empate, por 2 a 2, em pleno Maracanã, em jogo…