O dólar fechou o pregão desta sexta-feira (31), o último de maio, em alta de 0,9%, cotado a R$ 5,251. Na semana, a moeda registrou alta de 1,6% e, no mês, de 1,105%.
Já o Ibovespa terminou o dia em queda de 0,5%, aos 122.098,09 pontos. Na semana, o principal índice da Bolsa caiu 1,77% e, no mês, teve recuo de 3%.
O dia foi marcado pelo sentimento de cautela do investidor, no retorno do feriado, e pela volatilidade nos índices acionários norte-americanos, após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos.
O índice de preços PCE, medida de inflação preferida do Federal Reserve subiu 0,3% em abril, dentro do esperado pelo mercado. Na base anual, o índice PCE teve acréscimo de 2,7%, após avançar o mesmo valor em março.
Durante a semana útil, mais curta no Brasil devido ao feriado de Corpus Christi, o Ibovespa operou “morno”, e os dados de inflação nos EUA em linha com as expectativas poderiam trazer um maior impulso ao indicador, o que não tem ocorrido, observou o analista Matheus Nascimento, da Levante Inside Corp.
O analista destacou que apesar de um PCE “positivo” na sua visão, o ambiente interno se mantém desafiador e ainda há certa cautela frente às incertezas em relação ao momento de corte de juros nos EUA, o que contribui para a pressão sobre o índice.
Ainda na agenda internacional, dados divulgados mais cedo mostraram que a inflação na zona do euro acelerou mais do que o esperado em maio. É improvável, no entanto, que o dado impeça o Banco Central Europeu de reduzir os juros na próxima semana.
Uma autoridade do banco europeu afirmou nesta sexta-feira que a aceleração da inflação em maio ainda permite corte nos custos dos empréstimos pelo BCE.
Para o economista e diretor de investimentos da Nomos Beto Saadia, “a probabilidade de início de corte de juros norte-americanos continua para novembro e vem num bom ‘timing’ já que se sincroniza com a Europa e com o resto do mundo num ciclo global de queda de juros”.
Com Reuters
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