O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa será ouvido pela primeira vez pela Polícia Federal (PF) na tarde desta segunda-feira (3) no âmbito do caso Marielle Franco, a vereadora que foi morta em março de 2018 junto com o motorista Anderson Gomes. Ele está preso há dois meses.
Segundo pessoas próximas ao investigado, Rivaldo negará que tivesse contato ou conversas com os irmãos Chiquinho e Domingão Brazão, deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, respectivamente.
A investigação da PF aponta que Rivaldo planejou o assassinato a mando dos Brazão, com reuniões secretas de negociação e recebimento de pagamentos mensais.
Nesse primeiro depoimento dele aos investigadores, com previsão de pelo menos três horas de duração, ele deve reforçar o que a defesa dele já havia dito: que o delegado só encontrou Chiquinho e Domingos dentro do avião da PF, quando foram presos em 24 de março deste ano.
Rivaldo Barbosa era chefe da Delegacia de Homicídios do Rio quando o crime foi planejado. Um dia antes do crime, ele foi nomeado como chefe da Polícia Civil.
Essa nomeação, inclusive, também será um dos pontos abordados pela Polícia Federal na oitiva. O delegado foi nomeado chefe máximo da PCERJ durante a intervenção federal no estado.
Defesa recorre
Nesta segunda (3), a Penitenciária Federal em Brasília negou o pedido dos advogados para terem reunião reservada com Rivaldo antes do depoimento.
“Vamos batalhar por isso ainda. É direito do denunciado e prerrogativa do advogado conversar reservadamente com o cliente antes do ato”, disse à CNN o advogado Felipe Dalleprane.
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