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Brasil pode assumir protagonismo nas discussões sobre mudanças climáticas, dizem representantes do setor energético

No Dia Mundial do Meio Ambiente, as atenções na cidade do Rio de Janeiro se voltaram para o debate sobre transição energética. Para o diretor do programa Columbia Global Centers Rio e do Climate Hub, Thomas Trebat, o Brasil sai com vantagem na corrida em prol de energias renováveis, mas precisa acelerar os passos.

“O Brasil já sai com uma vantagem obviamente por ser uma potência global no agro, pela grande produção de etanol, uma matriz energética limpa, mas acho que as decisões de hoje não devem ser tomadas baseadas em dados”, disse Trebat.

“Temos que investir em mais inovação, conseguir melhor acesso aos mercados internacionais e em tecnologia”, afirmou.

Durante o evento “Transição Energética no Brasil na perspectiva do G20”, realizado nesta quarta-feira (5) representantes do setor energético disseram que o Brasil tem, este ano, a oportunidade de assumir o protagonismo nas discussões sobre mudanças climáticas. O Rio vai sediar a reunião do G20, grupo das maiores economias do mundo.

“Esse tipo de conferência adiciona força, potência, visibilidade a esse papel que o Brasil quer cumprir e que é importante para a humanidade inteira”, afirmou o diretor da Climate Hub.

Especialistas presentes no evento destacaram que não se pode debater transição energética sem falar sobre políticas públicas. Segundo eles, já é possível observar avanços positivos nesse sentido, mas não no ritmo necessário.

Sobre investimentos em iniciativas de transição energética, a Petrobras foi citada como exemplo de desenvolvimento em novas áreas. Em quatro anos, a companhia vai destinar US$ 11,5 bi para baixo carbono. A maior parte dos recursos vai para fontes limpas de energia, como eólica e solar.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio, Chicão Bulhões, até novembro – mês de realização do G20 – a cidade vai ser o palco central das discussões sobre o tema.

“A cidade do Rio tem todos os elementos para isso. Primeiro, reúne as cinco maiores empresas do Brasil relacionadas a energia, também tem o órgão regulador da indústria de petróleo, além do BNDES”, disse Bulhões.

“Temos todos os atores importantes para que a gente possa discutir como realmente fazer uma transição energética que seja justa e que possa realmente trazer prosperidade para o país”, completou o secretário.

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