Após os ataques de 8 de janeiro contra a sede dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reforçado a estrutura de segurança dos palácios do governo. A expectativa é as mudanças devam estar implementadas até 2025.
Em participação no CNN Entrevistas, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Marcos Antonio Amaro, detalhou mudanças nas guaritas para reforçar o controle do acesso no Palácio do Planalto e blindagem dos vidros, além do aumento de câmeras nos prédios, incluindo Alvorada e Granja do Torto.
Segundo o ministro, as câmeras de monitoramento passaram de 60 para 708. O tempo de armazenamento das gravações também foi ampliado: de 13 para 60 dias.
“Nós tínhamos cerca de 60 câmeras. Hoje, nós estamos evoluindo para 708. É uma evolução grande. Nós mudamos também o videowalll para visualização em tempo real e capacidade de armazenamento”, disse o ministro.
O general salientou ainda que o governo federal iniciou processo para blindagem das vidraças do andar térreo do Palácio do Planalto. Elas foram quebradas por vândalos durante a invasão à sede do Poder Executivo.
“Nós temos o projeto de blindagem dos vidros, do piso térreo do Palácio do Planalto, visto que as invasões não ocorreram pelas portas, mas pelos vidros que foram quebrados. O Palácio do Planalto não foi construído com essa visão de buscar o máximo de segurança. É uma medida que vem ao longo do tempo e ocorre por uma preocupação maior com a segurança. E envolve articulações junto ao Iphan. Eu acredito que não vai demorar muito”, ressaltou.
O ministro salientou que as guaritas de segurança da Presidência da República também estão sendo melhoradas e que o heliponto utilizado pelo transporte aéreo presidencial também passará por melhorias em breve.
O ministro lembrou que o espelho d’água no Palácio do Planalto, que durante o 8 de janeiro serviu como obstáculo para um grupo de vândalos, foi instalado após um incidente.
“As mudanças só são possíveis depois de um acontecimento que motivem uma preocupação maior com a segurança. A exemplo do espelho d’água, no Palácio do Planalto, que só foi construído depois que um ônibus ingressou na área presidencial e não tinha nenhum obstáculo que pudesse evitá-lo”, afirmou
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