O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), chegou às 14h50 desta terça-feira (18) à sede da Polícia Federal, na Asa Norte de Brasília, para novo depoimento. Cid chegou pela garagem, acompanhado dos advogados.
O depoimento marcado pela PF se refere aos inquéritos das joias sauditas. A intenção é que Cid esclareça a descoberta de um novo item de valor que também teria sido negociado ilegalmente.
A descoberta da transação aconteceu após uma equipe da PF ir aos EUA e, em cooperação com o FBI, colher imagens de negociações envolvendo os acessórios valiosos e atestar a participação de mais uma pessoa no suposto esquema.
Conforme antecipou a CNN, o militar deve negar que tinha conhecimento de outra joia negociada para venda nos Estados Unidos, segundo interlocutores.
Mauro Cid deve reforçar à PF o que já vem dizendo nos bastidores a pessoas próximas: que não sabe da existência de nenhuma outra joia além das já devolvidas ao acervo público após a “operação resgate”. Ele deve apontar ainda que “se houver outra joia”, está com “alguém” que ele não sabe quem.
Cid é delator em inquéritos que investigam o ex-presidente Bolsonaro e tem obrigação de prestar esclarecimentos sempre que os investigadores verem necessidade.
Rio de Janeiro
Além dele, o pai, general Mauro Lourena Cid, também presta depoimento no mesmo horário, mas no Rio de Janeiro (RJ).
O general foi intimado por ser apontado pela PF como alguém que seria o negociador dos bens nos EUA. No governo anterior, ele tinha um cargo na Apex e morava em Miami. A PF apontou que ele recebia os valores das vendas na conta pessoal dele.
Esses são os últimos pontos para a PF finalizar o inquérito, que deve ser relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Jair Bolsonaro sempre negou estar envolvido em qualquer irregularidade.
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