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Aborto: Lira recua e promete discutir “amplamente” antes de votar projeto, dizem líderes

Líderes partidários afirmaram que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pisou no freio e deve segurar pelas próximas semanas a votação do projeto de lei que equipara o aborto após as 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, inclusive nos casos de mulheres estupradas.

Com isso, é possível que o texto fique para o semestre seguinte e até mesmo possa ser analisado somente depois das eleições municipais, agendadas para outubro. A proposta, no entanto, não é dada como enterrada.

A decisão ocorre após reunião entre Lira e líderes na residência oficial da presidência da Câmara nesta terça-feira (18).

Urgência

O projeto tramita em urgência constitucional desde a semana passada, o que significa que está pronto para ser votado direto em plenário, sem a necessidade de passar por comissões.

Apesar da “pressa” de deputados da bancada evangélica para votar a matéria, Lira deve recuar após repercussão negativa nas redes sociais.
Agora, o presidente da Câmara prometeu aos deputados que “discutirá amplamente” o texto no plenário até que haja consenso para pautar a matéria.

Sem prazo

Deputados ouvidos pela CNN afirmaram que Lira ainda não estabeleceu prazo pra votação do mérito. “Esse prazo não se discutiu na reunião”, disse um parlamentar.

Já a bancada evangélica mantém pressão para que Lira mantenha o acordo firmado na época em que o presidente da casa pleiteava apoio para se reeleger no comando por mais dois anos. A promessa de pautar pautas da agenda de costumes foi relembrada à Lira pelo grupo político nas últimas semanas. Há busca ainda de apoio para o futuro sucessor dele no cargo.

“Ele fez o compromisso que votaria essa matéria. Em algum momento ele trataria essa questão”, disse um parlamentar.

Enquanto não há consenso em torno do projeto, o presidente da Câmara quer ganhar tempo pautando outras matérias de interesse do governo.

Os trabalhos devem focar na regulamentação da reforma tributária e no projeto de lei do programa Acredita, que reestrutura o mercado de crédito. O texto, enviado inicialmente como medida provisória, foi convertido em projeto de lei após negociação com o governo.

Relatoria do projeto

Líderes que participaram da reunião desta terça-feira afirmam que o presidente da Câmara não definiu quem será a relatora do Projeto do Aborto. Lira prometeu, ainda na semana passada, indicar uma parlamentar de perfil moderado.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) chegou a ser cotada por ser evangélica e ter uma boa interlocução com a bancada. Mas parlamentares bolsonaristas defendem que não deveria ser um nome de direita nem de esquerda. Interlocutores de Benedita afirmam que ela não deve assumir a função.

Parlamentares avaliaram o nome da deputada como uma espécie de estratégia de Lira como uma tentativa de amenizar a repercussão negativa da aprovação da urgência do texto.

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