O PSOL articula uma estratégia para enterrar o projeto de lei que equipara o aborto de gestantes de 22 semanas ao crime de homicídio.
O partido iniciou uma coleta de assinaturas nesta terça-feira (18) para protocolar um requerimento de extinção de urgência da proposta. Para apresentar o pedido ao plenário, é preciso o apoio de pelo menos 257 parlamentares.
O objetivo é desfazer a manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, em 24 segundos, aprovou a urgência do texto na última quarta-feira (12).
Segundo a líder do partido, deputada federal Erika Hilton (SP), é preciso que o projeto seja arquivado. “Não há o que salvar nele, pois jamais aceitaremos que os corpos de mulheres, meninas e pessoas que gestam sejam negociados para disputa política em ano eleitoral”, disse.
“Nosso intuito é que seja retirada a sua urgência e que o presidente Lira arquive o projeto. Essa será nossa luta essa semana”
Erika Hilton
O PSOL não soube informar quantos parlamentares manifestaram apoio ao requerimento até o momento. Na avaliação de deputados, a coleta para temas considerados sensíveis é demorada. No entanto, a bancada está otimista em concretizar a ofensiva contra Lira.
De acordo com líderes partidários, após a repercussão negativa ao projeto, Lira não tem data para pautar o mérito da proposta.
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