A Polícia Federal (PF) não prevê novos depoimentos no inquérito que investiga suposta venda de joias sauditas do governo Bolsonaro nos Estados Unidos.
Os últimos foram do general Mauro Lourena Cid e do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, na terça-feira (18). Lourena Cid é pai do ex-auxiliar.
Apesar disso, segundo fontes da investigação, os depoimentos de pai e filho à PF não foram as últimas peças para finalização desse quebra-cabeça.
Investigadores dizem que, neste momento, a PF foca nas análises de todo material que já foi apreendido, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, como documentos, notas fiscais, oitivas, informações das perícias nas joias e outros elementos da investigação.
Uma nova oitiva, no entanto, só será necessária caso algum elemento novo surja durante a finalização dessas análises, conforme o bracelete que teria sido negociado por emissários de Jair Bolsonaro em solo norte-americano, descoberto pela PF em cooperação internacional com o FBI e revelado pela âncora Débora Bergamasco, do CNN 360º.
Previsão
Os policiais, porém, já veem o caso na fase final e devem concluir até o fim do mês, seguindo a previsão do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em conversa com jornalistas na semana passada.
O relatório deve indiciar Cid pai e Cid filho, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme noticiou a repórter da CNN Gabriela Prado.
Sobre esse caso, Bolsonaro sempre negou irregularidades. Mauro Cid e Mauro Lourena Cid disseram desconhecem essa nova joia descoberta pela PF.
Cid filho, no entanto, assinou acordo de delação premiada no ano passado para informar à Polícia Federal sobre o que sabe das negociações de vendas das joias no exterior e tem colaborado desde então.
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