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Com “bets“ e volta da “raspadinha“, Caixa quer 65% do mercado de apostas no país

Com a volta das “raspadinhas” e a entrada no segmento de “bets” esportivas, a Caixa Econômica Federal pretende elevar dos atuais 52% para 65% sua participação no mercado brasileiro de apostas e loterias.

A estratégia está focada em dois movimentos paralelos, conforme explica o presidente da estatal, Carlos Vieira.

Um é o retorno da Lotex, loteria instantânea conhecida como “raspadinha”. Sua reestreia deve ocorrer nos próximos 90 dias e a expectativa da Caixa é alcançar faturamento de R$ 1 bilhão por ano.

O outro movimento é uma incursão nas “bets” esportivas, que foram regulamentadas neste ano.

Ainda não há data para o lançamento do produto, que ainda está em fase de autorização pelo Ministério da Fazenda. A intenção da Caixa é arrecadar R$ 18 bilhões nos dois primeiros anos de funcionamento.

“Queremos recuperar o espaço perdido nesse segmento. Hoje, 52% do faturamento com loterias e apostas no Brasil é da Caixa. Mas nosso potencial é chegar a 65% do mercado”, disse Vieira à CNN.

O executivo lembra que o Brasil ainda tem aproveitado muito pouco as possibilidades de crescimento do mercado. Na França, aposta-se quatro vezes mais do que aqui. Nos Estados Unidos, o faturamento é 17 vezes maior.

Diante da ofensiva da Caixa, Vieira afirma que a estatal também tem preocupação com a responsabilidade dos apostadores. “Vamos promover campanhas educativas”, ressalta.

Para ele, o crescimento da Caixa no setor trará ganhos ao Estado, já que ela contribui com programas sociais do governo.

Dos R$ 6,1 bilhões arrecadados pela Loterias Caixa, foram destinados R$ 2,4 bilhões para essa finalidade: 44% para a seguridade social, 26% para o Fundo Penitenciário Nacional, 18% para a Secretaria Especial de Esportes (comitês olímpico e paralímpico), 7% para o Fundo Nacional de Cultura e 5% para saúde/educação.

No caso da Lotex, após tentativas fracassadas de leiloar a concessão do serviço de loteria instantânea, a Fazenda autorizou a Caixa a retomar sua comercialização direta.

A estatal recebeu exclusividade sobre a venda do produto por 24 meses.

O relançamento das “raspadinhas”, que desapareceram do mercado, está previsto para o terceiro trimestre deste ano.

Elas serão vendidas nas casas lotéricas e de forma virtual. Vieira prevê 85% do faturamento vindo da comercialização física e outros 15% das vendas online.

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