O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou o presidente licenciado do Solidariedade, Eurípedes Júnior. O político é alvo investigação da Polícia Federal. A suspeita é que ele lidere uma organização criminosa responsável pelo desvio de R$ 36 milhões de verbas eleitorais.
O MP aponta os crimes de organização criminosa, apropriação indébita, furto qualificado mediante fraude de recursos do fundo partidário, falsidade ideológica eleitoral, peculato eleitoral por meio de desvio e apropriação de recursos.
Além do político, outras nove pessoas ligadas ao dirigente partidário também foram denunciadas.
Há duas semanas, a PF foi às ruas com mandado de prisão contra Eurípedes Júnior e mais seis pessoas. Ele não foi encontrado e ficou considerado foragido por três dias, até que se entregou à PF, em um sábado, acompanhado do advogado. No momento, ele está preso na Papuda.
A suspeita é de que ele tenha fugido durante a operação quando foi informado por funcionários da casa dele que a PF estava à porta.
A PF conseguiu apreender um helicóptero atribuído ao presidente do partido avaliado em R$ 5 milhões. Segundo a investigação, a aeronave foi comprada com dinheiro público do fundo eleitoral.
A Justiça também deferiu pedido para bloqueio de bens no valor de R$ 36 milhões, entre 32 imóveis e 9 carros.
A defesa de Eurípedes tem afirmado que ele provará inocência na Justiça. A reportagem procurou novamente os advogados para manifestação sobre a denúncia e aguarda retorno.
Em nota, o Solidariedade informou, no dia da operação, que os fatos investigados são anteriores à fusão do partido com o Pros, legenda que foi incorporada ao Solidariedade no ano passado. A defesa de Eurípedes não foi encontrada.
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