A deputada Tia Ju (Rep) é a primeira procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio. A parlamentar foi eleita por aclamação de todos os deputados presentes na sessão plenária de terça, 25. Já as deputadas Célia Jordão (PL) e Martha Rocha (PDT) foram eleitas para as duas vagas de procuradoras adjuntas. O objetivo das três será intensificar a participação do Parlamento Flumi- nense nas ações em defesa das mulheres, além de receber e encaminhar denúncias de violência e discriminação, fiscalizar e acompanhar programas do governo para igual- dade de gênero e auxiliar as comissões da Casa.
Tia Ju foi a única candidata a procuradora especial da mulher e,
portanto, a votação de seu nome para o cargo foi feita de forma simbólica, com a aclamação de todos os presentes, sem votos contrários. “As decisões serão tomadas todas de forma colegiada. Esta procuradoria é da bancada feminina, e as decisões serão tomadas por todas nós, com a participação de todas. A interseccionalidade vai estar presente nos trabalhos da Procuradoria da Mulher para que a gente atenda especificamente às necessidades de cada uma, a mulher negra, a mulher indígena, as mulheres de centro, de direita, de esquerda. Enfim, todas as mulheres serão acomodadas dentro da procuradoria e estaremos aqui firme e forte”, declarou.
Já no caso das procuradoras adjuntas, as duas vagas acabaram sendo disputadas por três deputadas. As eleitas foram Célia Jordão, que recebeu 41 votos, e Martha Rocha, com 40 votos. Em terceiro lugar ficou a deputada Zeidan (PT), com 33 votos. Também houve duas abstenções.
Célia Jordão, parla- mentar com base em Angra dos Reis, agrade- ceu o apoio dos deputa- dos em sua eleição. “Aqueles que me conhecem sabem da trajetória do meu traba- lho, sempre me dedican- do muito à pauta femi- nina e na defesa das políticas públicas para as mulheres. A procuradoria é um instrumento impor- tantíssimo em defesa das mulheres, para que nós possamos combater as desigualdades ainda
existentes na nossa sociedade. Eu fico muito feliz com o resultado dessa eleição, mas quando a pauta se trata da mulher, todas somos unidas”, comentou.
Já Martha Rocha lembrou que a Alerj foi apenas a 23a Assembleia do país a criar uma Procuradoria da Mulher. A parlamentar disse que será necessário atuar em conjunto com o Congresso Nacional e todos os entes federativos, bem como
implementar uma procuradoria em cada uma das 92 câmaras municipais fluminenses. “A função da procuradoria é fomentar os espaços políticos para as mulheres. Essa é uma experiência que dá muito certo no Congresso Nacional. Tivemos oportunidade na CPI dos Crimes Cibernéticos de ouvir a deputada federal responsável pela Procuradoria da Mulher. Então, a gente pretende fazer uma grande caravana para que todas as câmaras municipais dos 92 municípios tenham uma procuradoria”, complementou a deputada.
A criação da Procuradoria Especial da Mulher ocorreu no ano passado, após aprovação da Resolução 25/23. Atualmente, dos 70 deputados fluminenses, 15 são mulheres, que é a maior bancada feminina da história da Casa. Além de Tia Ju, Célia Jordão e Martha Rocha, compõem a bancada feminina da Alerj as seguintes deputadas: Carla Machado (PT), Dani Balbi (PCdoB), Dani Monteiro (PSol), Élika Takimoto (PT), Franciane Motta (Pode), Giselle Monteiro (PL), Índia Armelau (PL), Lucinha (PSD), Marina do MST (PT), Renata Souza (PSol), Verônica Lima (PT) e Zeidan (PT).