• Home
  • Destaque
  • Relator de PEC vê com ressalvas sugestão do governo de orçamento do BC ser definido pelo CMN

Relator de PEC vê com ressalvas sugestão do governo de orçamento do BC ser definido pelo CMN

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da autonomia financeira, do regime jurídico e de outros aspectos do Banco Central (BC), senador Plínio Valério (PSDB-AM), vê com ressalvas uma sugestão do governo para que o orçamento da instituição seja definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Essa sugestão foi levada a ele nesta semana por técnicos do governo, segundo o próprio Plínio Valério. No entanto, o entendimento é que o pedido vai contra o que ele já produziu até o momento.

O atual texto do relator afirma que o orçamento do BC “será elaborado e executado por ato próprio do Banco Central, competindo à comissão temática pertinente do Senado Federal a aprovação das despesas de custeio e de investimento nele previstas”.

A intenção de Plínio Valério é votar o texto da PEC na próxima reunião presencial da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde está atualmente, no início de setembro.

A ideia da autonomia financeira do BC é para que a instituição se sustente com receitas próprias, sem precisar pedir autorização ao Executivo ou ter vínculo com algum ministério ou órgão.

Isso daria margem para que o BC gerisse de forma mais autônoma os recursos dentro do órgão, por exemplo. A possibilidade de novos concursos e reajuste de salários sem precisar passar pelo crivo federal são algumas das argumentações que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, vem citando ao defender a PEC.

No entanto, associações de servidores da autarquia defendem que a PEC, na verdade, “enfraquece o papel do Estado na execução da política monetária e cambial e na supervisão do sistema financeiro”.

Atualmente, o orçamento do BC é atrelado ao orçamento federal. Assim como os outros órgãos e Poderes precisam enviar as propostas para o governo inserir na previsão de gastos e receitas, o BC também precisa fazer isso.

O governo também considera as receitas geradas pelo BC para fechar as contas anuais.

Segundo técnicos do governo próximos às negociações no Congresso, a proposta do Executivo em ter o orçamento do BC aprovado pelo CMN é uma espécie de “meio termo”.

Plínio Valério ainda disse que o governo quer “acertar detalhes da situação dos servidores e discutir melhor o impacto fiscal da mudança”.

Uma das mudanças já feitas pelo relator na última versão do parecer divulgada foi em relação à natureza jurídica do BC. Ele definiu que o Banco Central será uma “instituição de natureza especial com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira, organizada sob a forma corporação integrante do setor público financeiro que exerce atividade estatal, dotada de poder de polícia, incluindo poderes de regulação, supervisão e resolução, na forma da lei”.

O governo não quer que o Banco Central se torne uma empresa pública, como previa o texto original da PEC apresentado pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Inclusive, essa discordância foi um dos motivos pelos quais a análise do texto havia sido adiada.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), só deve se manifestar sobre a PEC ao final da negociação, informou sua assessoria.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Motorista fica ferido após carro tombar no Centro de Barra Mansa

Destaque 1 Motorista fica ferido após carro tombar no Centro de Barra Mansa Um motorista…

Gerson tranquiliza após derrota do Flamengo para Peñarol: “Não tem nada perdido”

Após a derrota do Flamengo para o Peñarol por 1 a 0 pelas quartas de…

Rui Costa rebate governadores sobre atraso em ações para evitar queimadas

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, rebateu, nesta quinta-feira (19), as críticas de governadores…