No domingo, 6, a partir das 8 horas, os mais de 200 mil eleitores de Volta Redonda terão a oportunidade de dizer sim a um novo mandato do prefeito Antônio Francisco Neto. Ou a chance de eleger um novo comandante para o Palácio 17 de Julho. Tido como favorito diante de alguns ilustres desconhecidos, como Jamaica, candidato do Psol, Quintanilha, do PSTU, e Habibe, do PT,
polêmicos, como o ex-prefeito Samuca Silva e o empresário Mauro Campos, que se acha o suprassumo da ‘nova política’, sem contar até um ex-prefeito de Pinheiral, Arimathéia, jogado aos leões pelo PSB, Neto não esconde que está otimista. “Muito otimista”, destaca.
Em entrevista exclusiva ao aQui, Neto apresentou argumentos para convencer os indecisos a votarem nele, disse que vai manter o foco na gestão e, sem revelar o
que pretende, disse que guarda algumas novidades para os próximos quatro anos à frente da prefeitura de Volta Redonda. Só não quis dizer se vai lançar um dos seus
ou preparar alguém novo para as eleições de 2028.
aQui: Faltando apenas dois dias para as eleições municipais, como o senhor se sente? Bem otimista, otimista, desanimado? Por quê? Antônio Francisco
Neto: Sempre otimista, principalmente pela reação do povo nas ruas. Os sorrisos, os gestos de apoio, as palavras… Posso dizer que estou muito otimista e empenhado em terminar a campanha de maneira digna. Com muita humildade, mas em busca da vitória.
aQui: Dê 10 motivos para que os eleitores indecisos votem no senhor.
Neto: Vamos entregar a expansão do Hospital São João Batista; Vamos entregar o Hospital Veterinário; Vamos entregar o Hospital dos Olhos; Vamos entregar o Hospital das Crianças; Temos de fazer a nova ETA; Vamos manter o salário dos servidores em dia e com reajuste; Vamos iniciar a expansão do Hospital do Retiro; Vamos concluir os viadutos e pontes; e Vamos manter nossa cidade como uma das maiores geradoras de emprego do estado. Pedimos o voto dos indecisos, pois voto não é brinquedo, e Volta Redonda não pode parar na mão de aventureiros.
aQui: Dê 10 motivos para que os eleitores não votem nos seus adversários..
Neto: Nós temos de apresentar nossas propostas, falar das nossas conquistas e planos. Não me cabe ficar falando mal de ninguém, apontando defeitos.
aQui: O que diria aos eleitores que não querem votar no senhor?
Neto: Respeito todo posicionamento, pois vivemos em uma democracia, e cada um vota do jeito que achar melhor. Quero ser prefeito para governar para todos, até mesmo para quem não votou em mim. E espero que, eleito, eu possa surpreender até mesmo estes que não votarão.
aQui: Há quem entenda que o atual mandato foi um dos piores da sua longa carreira política, e, mesmo assim, o senhor é tido como franco favorito para vencer o pleito já no primeiro turno. Como analisa as duas situações?
Neto: Quem entende assim deve ser justamente aqueles que não vão votar em mim. Respeito, mas pela recepção que estamos tendo nas ruas, acho que a maioria dos moradores da cidade não pensa desta forma. No dia 6 vamos saber.
aQui: Caso seja eleito, como manter o foco no trabalho pelos próximos quatro anos?
Neto: Recuperamos muitas coisas nestes quatro anos. Praticamente tudo que estava fechado ou fechando hoje funciona. Mas temos tantas coisas em andamento, tantas coisas ficando prontas. Não teremos dificuldade alguma em manter o foco. E posso garantir, com tranquilidade, que temos muitas novidades ainda para trazer ao povo.
aQui: O senhor deve ter feito muitas concessões para ter o apoio de cerca de 10 partidos nestas eleições. Isso pode atrapalhar o seu futuro governo?
Neto: Quem me conhece sabe que não faço concessão alguma que possa atrapalhar meu governo. Estou buscando meu sexto mandato. Já tive grandes coligações e pequenas coligações, mas lotear governo jamais será algo tolerável. Felizmente, um governo correto tem a facilidade de atrair apoio, seja ele político ou popular. Foi isso que tivemos neste caso no plano político. Dia 6 vamos ver se foi também o que se passou com o povo.
aQui: O senhor terá quatro anos para definir quem deverá apoiar nas próximas eleições. Sua ideia é lançar algum nome novo da política, já que não poderá ser candidato – Munir também não –, ou pensa em aproveitar alguém que seja do seu relacionamento?
Quem o senhor estaria preparando para sucedê- lo? Se não quiser citar nomes, diga pelo menos as características que o possível candidato deverá ter para convencê-lo.
Neto: Estou pensando apenas em garantir a eleição no dia 6, com muita humildade e dedicação. Seria de uma incoerência imensa adiantar esse debate.
aQui: Por que Volta Redonda é carente de bons nomes na política?
Neto: Acredito que temos bons nomes. Não vejo desta forma.
aQui: As obras da 33, Ainda sem conclusão, dos viadutos de Niterói, da UPA etc são listadas por eleitores como motivos para não votar no senhor. O que vai acontecer com essas obras especificamente?
Neto: Todas as obras citadas estão muito bem encaminhadas. Construir um viaduto não é fazer meio-fio, ainda mais em um centro urbano com grande densidade. Dá trabalho, mas depois de prontas são bem aceitas. Foi assim com o Estádio da Cidadania, com a Radial Leste, com a Alça do Viaduto Nossa Senhora das Graças ou até mesmo coM o Hospital Regional. Acredito, por outro lado, que a lista de pessoas que entendem essas obras como importantes ou fundamentais para Volta Redonda seja maior que a de insatisfeitos temporários. No entanto,
como as obras realmente causam transtornos, sempre que posso peço desculpas aos insatisfeitos. Entendo que até ficarem prontas estas obras são causadoras de algum transtorno. Nos cabe tentar melhorar.
aQui: O senhor mantém a avaliação de que a maioria dos atuais vereadores serão reeleitos? Por quê?
Neto: Acredito que sim. Pois a população entende que esta Câmara foi fundamental no processo de reconstrução da cidade.
