O Rio de Janeiro registrou na segunda-feira (17) a temperatura mais alta dos últimos dez anos, atingindo impressionantes 44°C. Este recorde histórico é parte de uma onda de calor que assola o Brasil, levantando questões sobre a durabilidade e frequência desses eventos climáticos extremos.
Pedro Côrtes, analista de Clima e Meio Ambiente da CNN, esclarece que essas altas temperaturas não são um fenômeno passageiro, mas sim um reflexo das mudanças climáticas em curso. “Por conta do aquecimento global, das mudanças climáticas, a gente tem enfrentado cada vez mais temperaturas elevadas”, explica.
Ondas de calor prolongadas
O especialista alerta para a duração dessas ondas de calor, que podem se estender por períodos significativos. “A gente está prevendo ondas de calor que vão permanecer durante duas semanas, por exemplo, ou mais”, afirma, destacando o transtorno que isso causa à população.
A situação é tão grave que a Prefeitura do Rio de Janeiro convocou uma entrevista coletiva no fim de semana para alertar sobre a possibilidade de acionamento do nível 4 de calor, algo que não ocorria desde a implementação do protocolo em 2014.
Côrtes faz uma analogia preocupante ao mencionar o clássico filme “Rio 40 graus”: “Eu imagino que já estejam pensando em fazer um remake daquele filme Rio 40 graus, mas com o título agora Rio 50 graus, porque do jeito que as coisas estão caminhando, não vai demorar muito para que essa temperatura em alguns anos ela seja atingida, infelizmente”.
Este cenário de temperaturas extremas reforça a urgência de ações efetivas contra as mudanças climáticas, tanto em nível local quanto global.
