Integrantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) avaliam que as eleições parlamentares alemãs, realizadas neste domingo (23), não terão impacto na relação comercial entre Brasil e Alemanha.
Diplomatas justificam que, apesar da vitória do partido conservador, os dois países têm relação econômica sólida e independente do partido que está no poder.
A Alemanha é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa. Em 2023, os brasileiros exportaram US$ 5,6 bilhões, segundo dados da Agência de Promoção de Exportações (Apex).
A diplomacia brasileira também analisa que o resultado do pleito não surpreendeu, dado que a projeção de maioria da União Democrata Cristã (CDU) já aparecia nas pesquisas de boca de urna.
Apesar da estimativa de maioria com 29% dos votos, o partido ainda precisa formar coalização. Friedrich Merz, líder da CDU, prometeu que iniciará as negociações o mais rápido possível.
Apesar das relações “sólidas” comerciais, as relações entre os chefes de Estado dos dois países podem ser mais distantes.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou diversas vezes com o atual chanceler Olaf Scholz. Scholz esteve no Brasil no começo do mandato em 2023. No mesmo ano, Lula foi à Alemanha.
No ano passado, os dois líderes tiveram reuniões bilaterais em diversos eventos, como na reunião do G7, que reúne as sete maiores economias do mundo, na Itália, e na Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos.
O chanceler também esteve no G20, no Rio de Janeiro (RJ), em novembro passado.