Atuando em orquestra nos EUA, músico conta como o projeto ‘Volta Redonda Cidade da Música’ o ajudou na carreira

O contrabaixista Daniel Diniz Magalhães está prestes a se tornar doutor por uma universidade norte-americana e fala da gratidão pela iniciativa da Prefeitura de Volta Redonda voltada para alunos da rede pública de ensino

Já imaginou uma vida sem música? Independente do estilo, fica difícil. Mas tem gente que faz da música a sua vida e através dela realiza sonhos. É o caso do contrabaixista Daniel Diniz Magalhães, de 35 anos, que hoje é músico nos Estados Unidos da América (EUA) e, em sua trajetória, contou com os ensinamentos do projeto “Volta Redonda Cidade da Música” – mantido pela prefeitura e que beneficia cerca de quatro mil alunos da rede municipal de ensino – Secretaria Municipal de Educação (SME) e Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda).

O primeiro contato com o projeto, por meio da música de concerto, veio em 2001, quando, aos 11 anos, Daniel ainda estudava no Colégio Getúlio Vargas, da Fevre. Nessa época ele participava de aulas de musicalização, pífaro, coro infanto e juvenil e violoncelo, sob orientação dos professores Nicolau Martins de Oliveira (idealizador do Volta Redonda Cidade da Música), Sarah Higino (maestra) e José Sergio.

“No ano seguinte passei para o contrabaixo e tive a honra de ser aluno do professor Sandrino Santoro. A partir daí, o projeto se tornou não somente um lugar de aprendizado, mas um verdadeiro alicerce na minha formação musical e profissional”, conta Daniel, que teve, desde muito novo, um ambiente favorável à expressão musical, onde encontrou o apoio necessário para caminhar em sua jornada.

Daniel passou por todas as etapas do projeto em Volta Redonda: como aluno, monitor, auxiliar e depois professor. Fez parte dos grupos como o Coro Misto, Orquestra de Violoncelos e Contrabaixos e Orquestra de Cordas de Volta Redonda. Segundo ele, essas experiências o levaram a tocar em algumas das mais importantes salas de concerto do Brasil, como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e a Sala Cecília Meirelles – ambos na capital carioca –, além da Sala São Paulo, na capital paulista.

Além de proporcionar o acesso a espaços de grandes espetáculos, o “Volta Redonda Cidade da Música” também foi essencial na preparação do jovem Daniel para o ensino superior. A base sólida obtida nas aulas e apresentações do projeto o ajudaram a prestar vestibular e cursar Licenciatura em Música no Conservatório Brasileiro de Música, além de bacharelado em Contrabaixo pela Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) – passando em primeiro lugar.

Intercâmbio

Hoje Daniel é contrabaixista nas principais orquestras no estado norte-americano do Mississipi e aluno candidato ao grau de doutor pela USM (University of Southern Mississipi) – Universidade do Sul do Mississipi. E, desde que chegou aos EUA, ele iniciou um intercâmbio músico-cultural entre a USM e o “Volta Redonda Cidade da Música”, promovendo a troca de conhecimentos e experiências musicais entre as duas instituições.

“Foi com muita alegria que recebemos aqui na USM a maestra Sarah Higino, que regeu o Choros nº 10, do nosso brasileiríssimo Heitor Villa Lobos, num concerto especial em celebração à música brasileira. E também esteve aqui conosco o maestro Nicolau Martins de Oliveira, regendo uma das bandas sinfônicas da universidade”, conta o contrabaixista.

Em maio de 2024, Daniel conquistou o título de mestre em Contrabaixo pela USM, na classe do professor Marcos Machado, também brasileiro. E junto com a Acadiana Symphony Orchestra, teve a oportunidade de participar de uma turnê pela Polônia, no continente europeu, tocando em grandes palcos como Cracow Opera House (na cidade da Cracóvia), teatros na capital polonesa Varsóvia e em outros lugares daquele país.

Com toda essa trajetória, Daniel conta que cada ensaio, aprendizado, aula, cada professor que cruzou seu caminho deixaram “uma marca profunda”. Segundo ele, o “Volta Redonda Cidade da Música” não só o ensinou a tocar um instrumento, mas também ofertou aprendizado sobre disciplina, trabalho em equipe e a importância da dedicação.

“Olhar para trás e ver o que construí me faz sentir uma gratidão imensa pelo projeto ‘Volta Redonda Cidade da Música’. Ele transformou minha vida. Desde o primeiro contato com a música, foi ali que descobri a minha paixão, minha vocação e um caminho que me trouxe tantas oportunidades. Sou imensamente grato por tudo que o projeto me deu, por tudo que aprendi e vivi lá. Ele abriu portas, construiu sonhos e me fez ser quem sou hoje. Gratidão não prescreve. E a minha pelo projeto é eterna”, ressalta Daniel.

A história do músico Daniel Diniz Magalhães faz parte da série “Gratidão Não Prescreve”, da Prefeitura de Volta Redonda, que conta relatos de pessoas que tiveram a vida transformada e/ou impactada positivamente por um ou mais serviços da administração municipal utilizados, e são gratas pelo atendimento recebido.

Foto de divulgação.
Secom/PMVR

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