O diretor de uma casa de reabilitação localizada no bairro Varjão, em Piraí, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (10) durante uma ação conjunta da Polícia Civil com fiscais da Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Fazenda e da Secretaria Municipal de Assistência Social. A prisão foi determinada pelo delegado Antonio Furtado diante da comprovação da existência de produtos impróprios para o consumo, vencidos, repletos de fungos e larvas de insetos, armazenados em ambiente sujo, úmido e sem vedação. O preso tem 32 anos.
“Encontramos produtos impróprios para o consumo e fora da validade. Diante disso, o presidente da casa de habilitação, que no momento estava sozinho, foi preso em flagrante por manter em estoque e entregar para o consumo mercadoria imprópria. A pena varia de dois a cinco anos de prisão”, afirmou o delegado. Em setembro do ano passado, a casa – que abriga dependentes químicos – foi notificada pela prefeitura de Piraí para resolver irregularidades constatadas. Desde então, segundo a Polícia Civil, quatro visitas foram feitas e nenhuma das exigências foi cumprida. O local, de acordo com o delegado, não tem alvará da prefeitura.
Na casa estavam internados 20 pacientes, que pagavam entre R$ 300 e R$ 600 por mês pelo atendimento, além de trabalharem com materiais recicláveis, também sem autorização da Secretaria de Meio Ambiente. “Há seis meses a prefeitura tentava resolver o problema da casa de reabilitação. Como as exigências não foram cumpridas, tornou-se indispensável fechar o estabelecimento através de um auto de interdição. Um laudo deixou muito clara a condição insalubre dos alimentos e por isso a prisão em flagrante”, acrescentou Furtado, informando que o diretor vai ser transferido nesta terça-feira (11) para a Cadeia Pública no Roma, em Volta Redonda, para aguardar a audiência de custódia.
O delegado informou ainda que as pessoas encontradas no local não são internados compulsoriamente e, com a interdição, deverão voltar para suas casas. O jornal mantém espaço aberto aberto para qualquer manifestação da casa. Não é a primeira vez que Piraí tem um episódio como este. Em 2017 outro estabelecimento também foi fechado na cidade. “Naquela ocasião não houve prisão, mas dessa vez, diante das provas colhidas, em especial, porque a prefeitura já tinha apreendido quase meia tonelada de alimentos estragados em 2024 no mesmo local de hoje, era fundamental prender o responsável e evitar a continuidade dos crimes”, explicou o delegado de Piraí. (Fotos: Polícia Civil)