Cabeleireiro garante que R$ 1,20 volta para a Alerj; adversários não acreditam

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Por Mateus Gusmão

Os bastidores da política barra-mansense fizeram muita gente perder o sono na noite de quinta, 13. Isso porque o STF julgou uma ação sobre a ‘divisão das sobras eleitorais’ das eleições de 2022, e a decisão poderá mexer com a composição da Câmara, em Brasília. Graças à decisão, sete deputados federais deverão perder o mandato. O detalhe é que o ex-deputado estadual Marcelo Cabeleireiro, de Barra Mansa, está garantindo que a mudança vai atingir também a Alerj, e, assim, ele deverá reassumir uma cadeira na Assembleia Legislativa. “Que notícia maravilhosa para aqueles meus eleitores que foram chamados de patetas nas últimas eleição que disputei para prefeito no município de BM ou seja 37 mil (sic) e os meus eleitores que votaram em mim para deputado 32 mil votos gratidão ao povo”, escreveu Marcelo em suas redes sociais.

A notícia fez com que aliados do político celebrassem a decisão do STF, como se fosse certo o retorno do barra-mansense ao parlamento fluminense. “Acredito que a justiça está sendo feita e que teremos a oportunidade de continuar nosso trabalho em prol da população fluminense”, afirmou, através de assessoria de imprensa, em tom mais comedido. “Essa votação expressiva me autoriza a representar o povo do nosso estado do Rio de Janeiro, em especial do Sul Fluminense”, afirmou, fazendo alusão aos votos conquistados em 2022.

O ‘xis’ da questão é que Marcelo pode ter se precipitado e comemorado antes da hora. É que a decisão do STF pode valer apenas para a Câmara Federal. Segundo uma fonte do aQui, com acesso ao processo, a Suprema Corte se baseou para tomar a decisão apenas nos votos para a Câmara Federal. E não atingiria a votação da Alerj. A fonte, inclusive, enviou um documento com o voto do ministro Alexandre de Moraes, que ilustraria a aplicação da nova norma.

No voto, o ministro apresenta um relatório do TSE com a simulação da aplicação das regras questionadas sobre ‘sobras eleitorais’. “Para simular um novo resultado, verificamos se há candidatos eleitos por média com votação inferior a 20% do quociente eleitoral. Esses candidatos representam os casos em que a vaga poderia ter sido distribuída a algum partido ou federação que obteve votação inferior a 80% do quociente eleitoral. Essa situação não ocorreu para o cargo de deputado estadual e deputado distrital em nenhuma unidade da federação”, avaliou Alexandre de Moraes.

Ou seja, como não haveria mudanças nas eleições para deputado estadual, as regras podem não atingir a composição da Alerj. “Dessa forma, a aplicação do voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes não impactará a distribuição das vagas atualmente vigente para os cargos de deputado estadual e deputado distrital”, completa o documento. Assim, que os barra-mansenses esperem mais um pouco para comemorar a volta de Marcelo ou uma nova derrota do ex-deputado.

 

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