Time da FEM (Fábrica de Estruturas Metálicas), campeão do Torneio do Sesi em 1988.
Em pé, da direita para esquerda: Odil, Zé Osmar, Joaquim, Beto, Dóia, Renato, Jacó, Murilo e Natan. Agachados: Geraldo, Beleza, Sô sete, Assis, Márcio, Dud e Fred
Decepção
Foi o que restou para os 1.442 torcedores do Volta Redonda que foram ao Raulino de Oliveira acreditando que o clube poderia apresentar um bom futebol. Que o campeão da Série C e terceiro colocado no Campeonato Carioca teria como estrear com uma vitória na Série B. Pura lorota. Quem foi ao estádio viu um time limitado, que deu apenas dois chutes isso mesmo, dois chutes – a gol durante 90 minutos. E não venham me dizer que o time mereceu vencer porque teve maior posse de bola. Não mereceu. O que aconteceu é natural quando se tem pela frente um time que veio buscar um empate, que jogaria em contra-ataques e que conseguiu o que queria, a vitória por 1 a 0. E olha que o Cuiabá estava em crise depois de ser rebaixado da Série A, ter perdido o título do campeonato estadual e sido eliminado da Copa do Brasil. A derrota do Voltaço para o Cuiabá mostrou que o tricolor de aço está bem longe do que foi em 2024. Vai ter que melhorar muito se quiser fugir de um vexame. É bem verdade que estamos apenas na primeira rodada e que tem muita água para passar debaixo da ponte. Mas, desde já, é bom ligar o sinal de alerta. Nunca é tarde para repetir: a Série B não é para amadores. Agora, teremos dois jogos fora de casa: contra o Novorizontino, amanhã, sábado, 12, e na terça, 15, contra o CRB, em Alagoas. Dois confrontos importantes para mostrar como o time vai se comportar jogando longe de seus domínios. Que não repita a atuação contra o Cuiabá. Quem viver verá!
Tabela
Lembrando os adversários do Voltaço até a 7ª rodada. Amanhã, sábado, 12, com o Novorizontino, fora de casa. Dia 15, contra o CRB, em Alagoas. Dia 19 contra a Ferroviária, em casa. Dia 26, em João D’el Rey, contra o Athletic-MG. No dia 2 de maio, com o Paysandu, no Raulino; e no dia 9, contra o Criciúma, em Santa Catarina. O Voltaço, depois da primeira rodada, está na 15ª colocação.
História
Miúdo foi um dos maiores zagueiros do futebol da minha Além Paraíba. Na década de 60, jogava no Independente E.C. Era um grande jogador, pena que nasceu na época errada, pois, se fosse hoje, certamente estaria num grande clube. Tinha as pernas tortas, mas isso não o impedia de mostrar sua categoria. Apesar do apelido de Miúdo, era alto, 1,90 m, corpo esguio, sobrava categoria e bola. Um exímio cobrador de faltas. Não bebia, mas adorava dançar na zona, onde tinha um amante e varava noites. Eis bem, na véspera da decisão do campeonato local, em 1964, os dirigentes do CIAP E.C resolveram contratar a “mulher” no Miúdo e falaram para ela: :Olha, garota, toma aqui Cr$ 20,00 par você dar uma canseira nele a noite toda, de forma que não consiga levantar para jogar”. No sia seguinte, quase na hora do jogo, como Miúdo não aparecia, dois diretores do Independente foram até a casa do jogador, que acabara de acordar, e mandaram: “Pô, Miúdo, perdeu a hora, sô?”. Tranquilo ele mandou: “Calma aí, gente. Fui dormir às seis horas, acordei as 11. almocei e dormi de novo, uai!”. Miúdo vestiu seu terno branco, aquele sapato branco e marrom de bico fino, pegou seu chapéu branco (era assim que ele ia para os jogos), embrulhou sua chutaria num jornal e foi para jogo. Final da história: o Independente venceu por 2 a 0, com um gol de falta do Miúdo, considerado, mais uma vez, o melhor em campo. Desesperados, os dirigentes do CIAP foram atrás da mulher querendo o dinheiro de volta. Até ontem, não tinham encontrado a dama da noite. Detalhe: o Independente sagrou-se tricampeão além-paraibano. É mole?
Prejuízo I
Além da derrota para o Cuiabá, o Voltaço teve prejuízo com a baixa presença dos seus torcedores – 1.442 viram de perto o fiasco, proporcionando uma renda de R$ 24. 975,00, conforme borderô da Federação Carioca. O prejuízo foi de R$ 28.456,81, mostrando que o torcedor ainda não assimilou que o tricolor está na Série B, embora esteja jogando como se estivesse na C.
Prejuízo II
É muito difícil sobrar alguma coisa para o clube, tendo em vista a quantidade de descontos que aparecem no Borderô. Exemplos: a Taxa da Ferj foi de R$1.248,75; a taxa de arbitragem de R$ 18.119,50. Diária e reembolso de passagens da arbitragem consumiu R$ 8.430,67. A despesa operacional e o delegado da partida custaram outros R$ 7.315,00. Transporte do quadro operacional ficou em R$ 2.300,00. Credenciamento (não sei de quem): R$ 1.555,00. Supervisão de protocolo da CBF: R$ 2.150,00. A despesa total foi de R$ 53.431,81 para uma renda só de R$ 24.975,00. Ou seja, todo mundo ganhou, só o Voltaço perdeu, pois o prejuízo foi de R$ 28.456,81. É mole?
Sub-20
Ao contrário dos profissionais, o time do sub-20, muito bem-treinado, obteve uma brilhante vitória sobre Flamengo, por 3 a 1, pela Copa Rio da categoria, realizada na segunda, 7, no Raulino de Oliveira. Esses jogos contra os grandes, desde cedo, é que dão experiência aos garotos para, quando chegarem nos profissionais, não tremerem diante dos famosos craques. Pena que são mal-aproveitados no time de cima, preteridos por ilustres desconhecidos de fora.
Bola fora
Para a derrota do Voltaço para o Cuiabá, na estreia na Série B, por 1 av0. É inaceitável que, jogando em casa, o time perca. Esses três pontosvpodem fazer falta no final do campeonato. Pior: terá dois jogos seguidosvfora de casa. Tem por obrigação voltar com pelo menos três pontos paravrecuperar os três que perdeu em seus domínios.
Bola dentro
Para Flamengo e Vasco, que chegaram à conclusão que o local dovclássico do dia 19 tem que ser mesmo o Maracanã. Não precisava devtanta celeuma para definir, principalmente pelo lado vascaíno, cujovpresidente, Pedrinho, insistia em jogar em São Januário.vAgora, cabe à PMvgarantir a segurança dos torcedores, que é o mais difícil.