10/05/2025 11:41

Em dez anos, ETE Gil Portugal tratou mais de 26 bilhões de litros de esgoto em Volta Redonda

Inaugurada em abril de 2015, a unidade realiza o tratamento de cerca de 95% da carga orgânica presente na água, evitando o despejo de mais de 8 mil toneladas no Rio Paraíba do Sul

 

Considerada uma das mais importantes obras das últimas décadas em Volta Redonda, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Gil Portugal, localizada no bairro Vila Santa Cecília, completou dez anos de funcionamento. Inaugurada em 24 de abril de 2015 pelo prefeito Antonio Francisco Neto, pelo diretor-executivo do Saae-VR (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), Paulo Cezar de Souza (PC), e pelo então governador Luiz Fernando Pezão, a unidade – responsável pelo tratamento de esgoto de diversos bairros do município – tem sido essencial para o avanço do saneamento básico na cidade, como demonstram os números.

Projetada com capacidade para tratar 140 litros de esgoto sanitário por segundo, a ETE Gil Portugal já processou, segundo o Saae-VR, 26.491.324 metros cúbicos de esgoto em seus dez anos de operação – o equivalente a 26,491 bilhões de litros. Isso representa uma média mensal de 235,8 mil metros cúbicos. No que diz respeito à carga orgânica, deixaram de ser lançados no Rio Paraíba do Sul 8.342.220 quilos – ou 8.342,22 toneladas.

População beneficiada

A ETE Gil Portugal atende 20 bairros, distribuídos por três bacias de esgotamento. A Bacia 4 inclui Conforto, Eucaliptal, São Lucas, São Cristóvão, parte do Santa Inês e Minerlândia; a Bacia 5 abrange os bairros Vila Santa Cecília, Sessenta, Monte Castelo, Laranjal, Bela Vista, Rústico e Santa Tereza; já a Bacia 6 contempla Jardim Esperança, Siderópolis, Casa de Pedra, Jardim Tiradentes, Village Sul, Jardim Vila Rica e Cidade Nova.

No total, 35 localidades em Volta Redonda contam com tratamento de esgoto, beneficiando mais de 70 mil moradores.

Remoção de 95% da carga orgânica

Sobre a técnica utilizada no tratamento do esgoto, o diretor-executivo do Saae-VR, Paulo Cezar de Souza, explica que ela combina processos aeróbios e anaeróbios, capazes de remover aproximadamente 95% da carga orgânica da água. Após o tratamento, o efluente é devolvido aos córregos da cidade com aparência quase cristalina, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade das águas do Rio Paraíba do Sul.

“Ao evitar o despejo do esgoto in natura nos córregos da bacia hidrográfica local, a ETE Gil Portugal tem beneficiado não apenas os moradores dos bairros atendidos, mas toda a população de Volta Redonda – além de preservar o meio ambiente, que deixa de sofrer com a poluição gerada por esse volume de esgoto”, afirmou.

Efeitos positivos

Ao longo da última década, a ETE Gil Portugal tem desempenhado um papel crucial ao redirecionar o esgoto que anteriormente era despejado nos córregos Brandão, Cachoeirinha e Secades. Essa ação resultou em uma expressiva redução da carga orgânica nesses cursos d’água, comprovada pelo tratamento de mais de 8 mil toneladas de matéria orgânica e cerca de 26,5 bilhões de litros de esgoto.

Para o prefeito Antonio Francisco Neto, a Estação de Tratamento de Esgoto Gil Portugal integra um conjunto de obras que, embora menos visíveis do que investimentos como os viadutos do Plano de Mobilidade Urbana ou a ampliação do Hospital São João Batista – atualmente em execução –, deixam um legado duradouro.

“Cuidar do meio ambiente é uma obrigação do presente para garantir nosso futuro. Quando aceitamos o desafio de construir a estação de tratamento de esgoto, nosso objetivo era recuperar os córregos, reduzir a poluição que chega ao Paraíba do Sul e proporcionar mais qualidade de vida à população. Dez anos depois, podemos afirmar com orgulho que a ETE Gil Portugal é um marco para o saneamento básico de Volta Redonda”, completou Neto.

Fotos de Arquivo – Secom/PMVR.

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