Na segunda, 9, o deputado estadual Munir Neto fez as honras da casa e recebeu alguns ilustres visitantes: os gerontólogos Christine Abdalla e Peter Lloyd-Sherlock, que é professor na Universidade de Newcastle, na Inglaterra, e ainda a fisioterapeuta e pesquisadora Poliana Carvalho, que estiveram em Volta Redonda para conhecer os projetos voltados para a Melhor Idade no município, como o Centro de Atendimento para Pessoa Idosa com Alzheimer e Familiares e a Policlínica do Idoso, entre outros. A comitiva contou ainda com o presidente do Conselho Empresarial do Ecossistema da Longevidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
A visita foi um desdobramento da participação de Munir Neto como representante da Comissão da Criança, do Adolescente e da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa em uma recente missão internacional brasileira à Inglaterra e Portugal. “Essa visita engloba duas frentes: inscrever Volta Redonda como “Cidade Amiga da Pessoa Idosa”, um selo concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), um programa que conhecemos
na cidade do Porto, em Portugal, e implantar o programa ‘Maior Cuidado’ em Volta Redonda, com um projeto-piloto”, explicou Munir.
O ‘Maior Cuidado’ tem como objetivo apoiar as famílias no cuidado com os idosos e aumentar a qualidade de vida de todos, com atendimento domiciliar a pessoas idosas dependentes e semidependentes. O projeto funciona em Belo Horizonte e Contagem, em Minas Gerais, e Salvador, na Bahia, em uma parceria com as prefeituras, a ONG Cuidadosa e organismos internacionais. O professor Peter Lloyd-Sherlock, que pesquisa as políticas públicas para a população idosa em vários países, incluindo o Brasil, afirmou ter se surpreendido com o nível do trabalho feito em Volta Redonda. “A verdade é que estou bastante impressionado.
Trabalho visitando vários serviços semelhantes em vários lugares do Brasil, em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, e aqui vi o melhor nível de desenvolvimento. E falo não só aos recursos necessários, que estão previstos e disponíveis, mas como é muito bem pensado”, disse. “O cuidado com as pessoas com Alzheimer é muito bem feito, com inteligência e muito carinho. E as relações entre a Assistência Social, a Saúde e o Esporte – com os programas para os idosos – vão fazer muita diferença para Volta Redonda enfrentar o fato de que a população idosa está aumentando. Não vi isso em nenhuma outra cidade do país, só aqui”, completou.
Segundo Peter, Volta Redonda tem todos os requisitos para receber o projeto ‘Maior Cuidado’. “Só precisamos definir o que temos a oferecer e o que a cidade precisa”, afirmou, anunciando que as visitas técnicas para a implantação do projeto devem começar em 15 dias, e o projeto-piloto deve ser implantado no CRAS do Monte Castelo. A gerontóloga Christine Abdalla, que também é professora da PUC-MG, pesquisadora de nível internacional e representante da ONG Cuidadosa, destacou a qualidade do trabalho feito com a Melhor Idade em Volta Redonda. “É a segunda vez que eu venho a Volta Redonda, e a surpresa foi ainda maior, porque os serviços estão ainda mais estruturados. E as pessoas envolvidas com muita competência técnica e emocional.
E o que mais me surpreende aqui é que não existe uma dificuldade que temos não só no Brasil, mas fora também, que é a comunicação entre os setores. Aqui funciona e vemos os resultados lá na ponta, com os usuários e as famílias muito bem atendidos, além dos trabalhadores. Só reafirma o que a gente já sabia sobre Volta Redonda”, disse, destacando que por este motivo o projeto ‘Maior Cuidado’ será implantado com facilidade. “Se tem um lugar que tem competência técnica e estrutura já montada para receber o ‘Maior Cuidado’, é Volta Redonda”.
