• Home
  • Destaque
  • Alvo de questionamento em SP, escolas cívico-militares estão presentes em 19 unidades da federação

Alvo de questionamento em SP, escolas cívico-militares estão presentes em 19 unidades da federação

Impulsionadas no governo de Jair Bolsonaro (PL), a partir de incentivo do Ministério da Educação, as escolas cívico-militares se tornaram realidade em ao menos 19 estados brasileiros. Entre eles Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Pará e Rio Grande do Sul.

No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou o decreto que regulamentava a modalidade de ensino e os custos passaram a ser arcados integralmente pelos estados e o Distrito Federal.

Este modelo, que combina a disciplina militar com o currículo tradicional, é defendido por alguns como uma solução para os problemas de segurança e dificuldade de controle dos estudantes nas escolas, enquanto outros argumentam que ele pode não ser a melhor abordagem para a educação pública.

“Não existe nenhum dado que possa confirmar a recorrente afirmação de uma suposta melhoria na qualidade do ensino nas escolas cívico-militares. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB, que é calculado a partir das notas dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica, não corrobora tais afirmações”, diz o professor Thiago Esteves, doutor em Educação e vice-presidente da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais.

“Na verdade, quando comparamos os dados das avaliações educacionais confiáveis, percebemos que as notas obtidas pelos estudantes das escolas cívico-militares são bastante próximas daquelas obtidas pelos estudantes das demais escolas da mesma rede”, completa.

Uma das diferenças mais notáveis entre as escolas comuns e as cívico-militares é o custo de manutenção por aluno.

De acordo com dados do Ministério da Educação, o valor médio anual investido por aluno em uma escola comum é de aproximadamente R$ 6 mil. Nas escolas cívico-militares, esse valor sobe para cerca de R$ 10 mil por aluno.

Esse aumento de custo se deve principalmente à necessidade de contratação de militares para funções administrativas e disciplinares, além de investimentos em infraestrutura específica para esse modelo.

Defensores do modelo cívico-militar argumentam que ele traz melhorias significativas na disciplina dos alunos e na segurança do ambiente escolar. Eles apontam para uma redução nos índices de violência e aumento da participação dos pais na vida escolar dos filhos.

“Essas escolas são defensoras de nossos valores e tradições mais virtuosos”, alega o deputado distrital Tiago Manzoni (PL), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Cívico-Militares da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Segundo o parlamentar, as escolas cívico-militares têm a aprovação de mais de 88% dos alunos e dos pais de alunos. “Os resultados são visíveis e experimentados”, reforça.

São Paulo

Recentemente, os deputados estaduais de São Paulo aprovaram projeto que institui as escolas cívico-militares no estado. Mas o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na quinta-feira (6), o ministro Gilmar Mendes deu prazo de dez dias para que a Procuradoria Estadual se posicione em uma ação proposta pelo PSOL, que aponta que o programa gera uma violação “às funções constitucionais da Polícia Militar” de São Paulo.

O partido também argumenta que o “custeio de integrantes da PM por meio do orçamento destinado à educação” também seria uma parte inconstitucional do programa.

O projeto permite que o governo paulista estabeleça o modelo cívico-militar de ensino tanto em unidades vinculadas às redes públicas do estado como dos municípios.

Pelo texto, o gerenciado será feito pela Secretaria da Educação em parceria com a Secretaria de Segurança Pública.

Nas escolas do modelo, ao menos um policial militar, selecionado via processo seletivo, atuará como na administração escolar e na disciplina das unidades.

O governo disse que o programa visa, entre outros pontos, enfrentar o abandono escolar e contribuir pela melhoria das infraestruturas das escolas.

“[O programa é] para criar um ambiente onde a gente possa desenvolver, sim, o civismo; possa, sim, cantar o hino nacional; e possa, sim, fazer com que a disciplina ajude a ser um vetor da melhoria da qualidade do ensino”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao sancionar o projeto.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

PL pode sofrer alguma punição com indiciamento de Valdemar e Bolsonaro? Entenda

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, foi um dos 37 indiciados pela Polícia Federal…

Inscrições para vestibular Cederj 2025 terminam neste domingo

Há vagas para os polos de Angra dos Reis (RJ), Barra do Piraí (RJ), Miguel…

Peça teatral ‘Pequenas Leituras’ será apresentada neste domingo, 24

  Amanhã, domingo, 24, o quarto episódio da oitava temporada do evento…