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Amazon aposta em inteligência artificial para desafios de ESG

A Amazon está ampliando o uso de inteligência artificial (IA) para encontrar soluções para desafios ambientais, sociais e de governança, afirmou Werner Vogels, diretor de tecnologia da bigtech durante palestra na VivaTech, um dos principais eventos de startups e tecnologia na Europa, que ocorreu entre 22 e 25 de maio em Paris.

De acordo com o doutor em ciências da computação pela Universidade Livre de Amsterdã, os avanços da IA ​​podem revolucionar vários setores, da saúde ao gerenciamento de energia.

Entre os exemplos abordados pelo executivo da Amazon, estão mudanças climáticas, segurança alimentar, enfrentamento à pobreza, e detecção do câncer logo nos primeiros sinais da doença.

Ele também destacou a necessidade de administração e responsabilidade contínuas, as quais encoraja o aumento da cooperação entre o governo, a indústria e as empresas. E defendeu que primeiro é preciso encontrar os dados e depois projetar a abordagem de IA.

A Amazon usa a tecnologia de inteligência artificial há 25 anos, aplicada sobretudo à experiência de compra dos clientes. Ultimamente, utiliza a IA também para aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de carbono da companhia.

A empresa integrou a inteligência artificial com os sistemas de armazenamento de baterias e instalações solares para otimizar a distribuição de eletricidade. Os modelos preditivos ajudam a determinar os melhores momentos para distribuir energia à rede ou armazená-la em baterias, aumentando assim a eficiência do uso de energia renovável.

Tal abordagem faz parte da estratégia da empresa para cumprir a sua meta net zero, ou seja, chegar a emissões líquidas zero de carbono até 2040. E pode servir de modelo para outras empresas que se comprometeram a reduzir a sua pegada ambiental.

Vogels também falou sobre questões de diversidade e equidade, enfatizando que ao facilitar o acesso à IA, as organizações também devem preconizar a inclusão levando em conta aspectos relevantes e significativos do contexto cultural dos usuários.

Conforme explicou o executivo, chatbots de IA generativa têm demonstrado capacidade impressionante de traduções quase em tempo real, no entanto, elas tendem a responder a partir da visão cultural americana e inglesa.

Por exemplo, se um chatbot criado nos Estados Unidos for solicitado para fazer uma resenha dos livros da autora chilena Isabel Allende, a resposta provavelmente será diferente do que responderia uma mulher sul-americana especialista no assunto.

O diretor de tecnologia da Amazon aproveitou a ocasião do evento para lançar um programa de aceleração para pessoas visionárias e inovadoras em IA que estejam prontas para criar soluções para enfrentar desafios urgentes.

A colaboração da Amazon com startups de IA é outra parte importante de sua estratégia de soluções avançadas que melhoram a produtividade e eficiência.

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