O governo Lula 3 está tão repleto de contradições que seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encerrou hoje sua pior semana desde o início do governo, ao lado dos principais banqueiros do país. O encontro aconteceu na avenida Paulista, em São Paulo, e não em Brasília.
Durante uma hora e meia, Haddad recebeu o apoio necessário para prosseguir com sua tentativa de equilibrar as contas públicas. Ao longo da semana, todos os principais apoios recebidos pelo ministro vieram de figuras externas ao núcleo de poder do governo.
Antigos adversários do PT, como a ministra Simone Tebet e o vice-presidente e ex-PSDB Geraldo Alckmin, manifestaram apoio a ele e à agenda econômica do governo. Hoje, foram os bancos, historicamente alvo do partido.
Não se viu, por exemplo, ao longo desses dias, o principal ministro do governo, Rui Costa, da Casa Civil, defendendo Haddad, nem mesmo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Isso sugere que é bastante possível que haja resistência interna, qualquer que seja a solução apresentada por Haddad. O debate não se limita à solução em si, mas sobre quem a formula.
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