Apesar dos desmandos em alguns setores, a Secretaria de Ordem Pública de Volta Redonda bem que tenta agradar mostrando um bom serviço. O último foi lançar um aplicativo para que as mulheres em caso de perigo possam pedir ajuda a quem de direito. A tecnologia foi apresentada pelo titular da Semop, coronel Luiz Henrique, ao juiz da 2a Vara Criminal de Volta Redonda, Flávio Batista, durante uma visita do magistrado à sede da GM, na Ilha São João. Além disso, os dois definiram que um convênio a ser firmado entre a prefeitura e o Poder Judiciário dará celeridade à emissão de medidas protetivas.
Na prática, por meio do aplicativo com GPS, totalmente silencioso, a ser instalado no celular, em cinco segundos, as forças de segurança tomarão conhecimento do pedido de ajuda e da localização da vítima, fazendo com que uma viatura da Polícia Militar ou Guarda Municipal mais próxima esteja rapidamente no local. O sistema é semelhante ao já aplicado em outras cidades, como em Campinas (SP).
“Esses investimentos visam sempre a redução do crime. Fomos pioneiros na criação da Patrulha Maria da Penha, e agora também estamos sendo ao adotar o ‘pedido de ajuda’ via aplicativo e o convênio com o Poder Judiciário. Em breve, o app também será estendido aos idosos, taxistas e todos aqueles que avaliarmos que precisam de uma atenção especial”, disse o coronel.
O juiz Flávio Batista elogiou a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica em Volta Redonda e anunciou que está prestes a entrar em vigor o ‘Projeto Violeta’ – iniciativa do Poder Judiciário que tem como objetivo garantir a segurança e a proteção máxima das
mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, acelerando o acesso a medidas protetivas de urgência. “Já foi publicada em Diário Oficial a autorização para que Volta Redonda e o Tribunal de Justiça celebrem efetivamente o convênio do Projeto Violeta, que é uma iniciativa de grande sucesso e de autoria da desembargadora Adriana Ramos de Mello, tendo sido vencedora do prêmio Innovare, que premia iniciativas que contribuem para o aprimoramento da Justiça no Brasil. Esse projeto visa dar celeridade às decisões de medidas protetivas. Então, acredito que através desse projeto e do aplicativo, as vítimas terão um suporte quase que instantâneo”, opinou o
magistrado.
Por meio do ‘Projeto Violeta’, todo o processo
deve ser concluído em até quatro horas: a vítima registra o caso na delegacia, que o encaminha de imediato para apreciação do juiz. Depois de ser ouvida e orientada por uma equipe multidisciplinar do Juizado, ela sai com uma decisão judicial em mãos, além de já ter acesso ao aplicativo de pedido de ajuda. A expectativa é de que a prefeitura auxilie na aplicação do ‘Projeto Violeta’, cedendo profissionais como assistente social e psicólogo.