A atividade empresarial da zona do euro voltou a crescer no inĂcio do ano depois de dois meses de contração diante da estabilização da demanda, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira (5).
O Índice Gerentes de Compras (PMI) Composto final do HCOB para o bloco, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 50,2 em janeiro, em comparação com 49,6 de dezembro.
Essa leitura ficou em linha com a preliminar e um pouco acima da marca de 50 que separa contração de crescimento.
A expansão no setor de serviços foi modesta, mas ajudou a compensar a retração no setor manufatureiro. O PMI de serviços ficou em 51,3, um pouco abaixo dos 51,6 registrados em dezembro.
“O crescimento das empresas de serviços desempenhou um papel crucial para manter a economia da zona do euro em expansão durante o ano passado”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
“O crescimento lento, mas ligeiramente acelerado, de novos pedidos e empregos dá esperança de que esse setor ganhe um pouco mais de impulso no primeiro trimestre deste ano.”
As empresas de serviços contrataram funcionários mais rapidamente no mĂŞs passado para atender ao aumento da demanda. Mas seu otimismo em relação ao prĂłximo ano diminuiu ligeiramente e o Ăndice de expectativas de negĂłcios caiu de 58,8 para 58,5.
“Dadas as muitas incertezas polĂticas, especialmente as novas eleições na Alemanha e o frágil governo na França, isso nĂŁo Ă© surpreendente. Por enquanto, nĂŁo sĂŁo esperados grandes saltos de crescimento nesse setor”, acrescentou de la Rubia.
Tanto os custos gerais de insumos quanto os preços cobrados aumentaram em um ritmo mais rápido no mĂŞs passado, com o Ăndice composto de preços de insumos saltando de 57,0 para 58,5, um recorde de alta de quase dois anos.
O Banco Central Europeu cortou novamente a taxa de juros na semana passada e deixou em aberto a possibilidade de uma nova redução em março.