‘Bengalas inteligentes’

A Prefeitura de Volta Redonda adquiriu material para a produção de mais 20 ‘bengalas inteligentes’ – projeto desenvolvido por estudantes de Robótica do Colégio João XXIII. Os três primeiros equipamentos vão beneficiar alunos do projeto ‘Diploma Cidadão’ – uma parceria da Secretaria da Pessoa com Deficiência com o UGB, voltada para PCDs. E, posteriormente, os alunos atendidos pela Escola Municipal Especializada Dr. Hilton Rocha, unidade para deficientes visuais.

Os estudantes do projeto de Robótica, sob orientação do professor Frederico Pitassi, desenvolveram o protótipo no primeiro semestre do ano passado e entregaram a primeira unidade em junho para Taís Vitória Silva de Paula, que é deficiente visual e ajudou no aprimoramento do equipamento. Na época, ela estudava no Instituto Estadual Professor Manuel Marinho e agora ingressou no curso de Psicologia do UGB pelo projeto ‘Diploma Cidadão’.

O secretário da Pessoa com Deficiência, Washington Uchôa, que participou da criação do projeto ‘Bengala Inteligente’, recebeu o professor Pitassi; o monitor de Robótica, Lucas Santini, que era líder do projeto; a universitária Taís; e a mãe dela, Andreia Silva e Costa. Eles conversaram sobre a produção das novas bengalas sensoriais e conheceram algumas atualizações do projeto. Pitassi, por exemplo, disse que o material para a confecção das próximas bengalas já foi adquirido e que a previsão é que as primeiras unidades estejam prontas no próximo mês de maio.

“Ganhamos uma impressora 3D e já começamos a imprimir as ‘caixas’ que recebem o motor, a bateria, o controle e os sensores. Esses objetos estão menores, proporcionando mais conforto ao usuário e deixando o equipamento esteticamente mais bonito”, disse, lembrando que Taís também receberá um exemplar do modelo mais novo da bengala sensorial. Ele vai além. Explica que as ‘bengalas inteligentes’, que emitem sinais sonoros e vibram para apontar obstáculos, são personalizadas, respeitando as necessidades pessoais de quem vai utilizar. “A intensidade da vibração e o volume do som, por exemplo, vão depender da sensibilidade de cada deficiente visual”.

Washington Uchôa também está na expectativa de que o ‘Bengalas Inteligentes’ alcance mais pessoas. “Ao utilizar a robótica para melhorar a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência, o projeto reforça a ideia de que a tecnologia pode e deve ser uma aliada na superação de barreiras físicas e sociais”, disse Uchôa, que ficou empolgado com uma versão de ‘boné sensorial’, que ainda está em teste, e serve para identificar obstáculo que pegam acima da cintura. O prefeito Neto é um en- tusiasta do projeto pelo alcance social que a iniciativa pode ter. “Vamos viabilizar a produção, inicialmente, dessas outras 20 ‘bengalas inteligentes’. Depois, de acordo com a demanda, podemos atender mais pes- soas com deficiência visual no nosso município”, prometeu.

Prêmio nacional

O projeto ‘Bengalas Inteligentes’ recebeu Menção Honrosa na Mostra Nacional de Robótica (MNR) 2024, realizada em Goiânia (GO), em novembro de 2024. O prêmio rendeu convite para participação na mesma mostra, que vai acontecer em outubro deste ano, em Vitória (ES), e também para uma apresentação na RoboCup 2025, que será realizada em Salvador (BA), no mês de julho. O evento é o maior campeonato de robótica e inteligência artificial do mundo.

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