O Volta Redonda terminou mesmo em segundo lugar na disputa da Taça Guanabara. Na noite deste sábado (22), o Tricolor de Aço perdeu de 2 a 0 para o Boavista, em Bacaxá, permanecendo com 20 pontos. O Flamengo chegou aos 23, confirmando o favoritismo e levou o troféu ao golear o Maricá, no Maracanã, por 5 a 0.
Os dois times, únicos que chegaram à 11ª rodada classificados, aguardam agora os resultados deste domingo (23) que vão definir os outros semifinalistas. Ambos não podem ser alcançados.
Água mole em pedra dura… – O Voltaço não fez um bom jogo. Com jogadores poupados, como Pierre, e com a estreia de Du Fernandes, o time não mostrou o mesmo entrosamento das últimas partidas, perdeu criatividade e praticamente não incomodou o goleiro adversário.
Sem nada ter a ver com isso, o Boavista foi assumindo o controle da partida aos poucos e levou perigo logo aos 7 minutos, em uma cobrança de falta de Sheldon, praticamente da intermediária. De frente para o gol, ele mandou forte pelo alto e o goleiro Jean Drosny rebateu.
Aos 15, o time da casa ameaçou novamente, numa conclusão de Zé Vitor de dentro da área, pelo lado esquerdo, mas Drosny novamente defendeu.
Com o Volta Redonda em dificuldades de armar jogadas de ataque – arriscando chutes de longe, sem direção – o Boavista foi ganhando mais confiança e, aos 21, só não abriu o placar porque Drosny fez uma grande defesa. Zé Vitor cruzou da direita e Marthã cabeceou na pequena área, para o chão. O goleiro do Voltaço, em grande defesa, tirou em cima da linha. Logo em seguida, Raí também chutou com perigo, mas a bola saiu à esquerda do goleiro do Voltaço.
Veio a parada técnica e, no retorno, o Boavista reclamou de pênalti em que a bola bateu no braço do zagueiro do Volta Redonda, mas a arbitragem, acertadamente, considerou acidental.
Mas o Verdão seguiu mandando no jogo e perdendo chances, com Abner concluindo fraco em uma delas, e Marcos Paulo por pouco não encontrando o canto direito de Drosny numa jogada bem trabalhada pelo lado direito do ataque.
Estava amadurecendo o gol do time da casa. Que saiu aos 38, numa arrancada de Zé Vitor desde o seu campo, pela direita. Ele entrou na área e cruzou para Marcos Paulo ter o trabalho apenas de estufar a rede: 1 a 0.
O lance também resultou em outra perda. O zagueiro Gabriel Bahia se contundiu e precisou ser substituído por Henrique Silva.
O Voltaço foi para o intervalo perdendo no placar e no emocional. Quando o árbitro apitou o fim do primeiro, o goleiro Jean Drosny e o atacante Bruno Santos se desentenderam na saída de campo. Os dois tiveram que ser contidos para não entrarem em confronto físico – o goleiro chegou a jogar a toalha de rosto no chão, ameaçando partir pra cima do atacante.
Ampliou – No retorno para o segundo tempo, o Esquadrão de Aço veio logo com três mudanças: entraram Marquinhos, Wallace e Luciano Naninho. Saíram Kelvin, Du Fernandes e Chay.
Mas um erro numa saída de bola, com apenas 2 minutos, foi fatal. Wellington Silva se atrapalhou, Abner Vinícius roubou, se aproximou da área e mandou uma bomba pelo alto para fazer 2 a 0.
Rogério Corrêa então mexeu de novo. Tirou Wellington Silva e promoveu a estreia de Jhonny, outro reforço anunciado esta semana.
Mas o panorama do jogo não mudou. Sem criatividade coletivo e mesmo individual, o Esquadrão de Aço pareceu conformado, assistindo o adversário jogar.
E o próprio Boavista não forçou a barra. Até diminuiu o ritmo, como se o terceiro gol fosse questão de tempo. Não foi. Terminou 2 a 0 mesmo, merecidamente para o time da casa. (Foto: VRFC / Raphael Torres)
Os times
Boavista: Diego Loureiro, Ben-Hur, Sheldon, Anderson Conceição e Mascarenhas; Marthã (Victor Yan), Zé Mateus, Raí (Gabriel Conceição) e Abner Vinícius (Resende); Marcos Paulo (Caetano) e Zé Vitor (Rivas). Técnico: Roberto Fonseca
Volta Redonda: Jean Drosny, Wellington Silva (Jhonny), Lucas Souza, Gabriel Bahia (Henrique Silva) e Juninho Monteiro; Bruno Barra, Du Fernandes (Wallace), Chay (Luciano Naninho) e MV; Kelvin (Marquinhos) e Bruno Santos. Técnico: Rogério Corrêa
