O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanha por videoconferência a oitiva das testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no julgamento do núcleo 1 do processo que apura suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além dele, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira também acompanham os depoimentos.
Braga Netto, que está preso preventivamente, assiste os depoimentos da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio, acompanhado de seus advogados.
Nesta tarde, cinco testemunhas de acusação participam da audiência. São elas:
- Éder Lindsay Magalhães Balbino: empresário que teria ajudado a montar um falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
- Clebson Ferreira de Paula Vieira: analista de inteligência da Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Justiça, ele teria sido responsável por elaborar levantamento com municípios em que Lula e Bolsonaro concentraram votação superior a 75% no primeiro turno da eleição presidencial de 2022;
- Adiel Pereira Alcântara: ex-coordenador de Análise de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores no segundo turno;
- Marco Antônio Freire Gomes: ex-comandante do Exército, ele teria sido pressionado a aderir à suposta trama golpista;
- Carlos de Almeida Baptista Júnior: ex-comandante da Aeronáutica, ele também teria sido pressionado a participar da trama.
Nesta fase, os juízes-auxiliares do gabinete do ministro Alexandre de Moraes conduzem os depoimentos. Todas as audiências serão realizadas por videoconferência e acompanhadas pelas defesas dos denunciados, além de representantes da Procuradoria-Geral da República.
Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e mais quatro se tornaram réus em março, no âmbito da investigação sobre um suposto plano de golpe de Estado. O julgamento, realizado pela Primeira Turma do STF, foi unânime.
Eles são acusados dos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado.