O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou, nesta terça-feira (4), apoio à candidatura do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, para ocupar o comando da Organização dos Estados Americanos (OEA) até 2025.
A eleição para a Secretaria-Geral da OEA vai ocorrer em 10 de março. Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai também anunciaram que seguirão o Brasil no apoio.
Em nota, o Itamaraty destacou a “vasta experiência” de Ramdin, que já foi secretário-geral-adjunto da OEA.
“Essa decisão representa um passo significativo da região na direção da unidade, no atual contexto geopolítico, e também uma oportunidade histórica para o Caribe, que pela primeira vez poderá liderar esse importante espaço de integração hemisférico”, declarou.
Fundada em 1948 e com sede em Washington (EUA), a OEA conta com 35 estados membros, sendo a mais antiga e expressiva organização multilateral das Américas.
Atualmente, a secretaria-geral da organização é ocupada pelo ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai Luiz Almagro, desde 2015.
Além de Ramdin, concorre ao posto o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano.
Enquanto o chanceler surinamês recebeu apoio de países cujos governos são de esquerda – além de membros da Comunidade do Caribe (Caricom) -, Lezcano tem angariado endossos pela direita.
O atual governo paraguaio, de Santiago Peña, que lançou seu nome, é de direita. Além disso, Lezcano já conta com o apoio anunciado do Panamá e, nos Estados Unidos, agrada a congressistas republicanos, partido do presidente Donald Trump.