Há menos de mês do primeiro turno das eleições municipais, os candidatos a prefeituras das cidades de todo o Brasil gastaram mais de R$ 168 milhões nas campanhas eleitorais, de acordo com contas prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até este domingo (8).
Cerca de 80%, ou seja, mais de R$ 130 milhões, desses gastos foram pagos com dinheiro público do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.
A maior despesa dos candidatos as prefeituras é para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, com quase R$ 34 milhões gastos. Na lista de gastos, estão:
- Publicidade por materiais impressos R$ 32 milhões
- Serviços prestados por terceiros R$ 23 milhões
- Impulsionamento de conteúdo na internet R$ 15 milhões
- Publicidade por adesivos R$ 11 milhões
- Serviços advocatícios R$ 8 milhões
- Doações a outros candidatos e partidos R$ 4 milhões
O maior fornecimento de serviços aos candidatos foi o Facebook, com mais de R$ 9 milhões em contas.
O União Brasil é o partido com maior gasto para os candidatos as prefeituras neste ano — e concentra quase R$ 28 milhões em gastos. Na sequência, estão:
- Partido Liberal (PL) R$ 21 milhões
- Movimento Democrático Brasileiro (MDB) R$ 20 milhões
- Partido dos Trabalhadores (PT) R$ 18 milhões
- Partido Democrático Trabalhista (PDT) R$ 14 milhões
- Partido Social Democrático (PSD) R$ 14 milhões
- Republicanos R$ 9 milhões
- Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) R$ 9 milhões
A Lei nº 9.504/97, que estabelece normas para as eleições, traz nos artigos 17 a 32 a exigência da prestação de contas eleitorais. Os candidatos são obrigados a prestar contas no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE-Cadastro), programa desenvolvido pela Justiça Eleitoral.