06/06/2025 17:39

Cinco mortes e falta de remédio contra influenza assustam moradores de VR

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A Prefeitura de Volta Redonda chama a atenção da população local e de cidades vizinhas para a importância da imunização contra a influenza, diante do aumento dos casos em todo
o Brasil. O município, inclusive, começou a registrar os primeiros óbitos. Até a noite de quinta, 29, eram 39 mortes, sendo cinco nos hospitais da rede pública, 24 no Hospital
Regional, e 10 nos hospitais da rede privada. Pior. O Tamiflu 75 mg, medicamento indicado para o tratamento e prevenção da gripe causada pelos vírus influenza A e B em adultos e
crianças com idade superior a 1 ano, começa a faltar. E isso já preocupa as autoridades, pela alta procura.

O problema da falta do remédio estaria ocorrendo em hospitais privados, sendo que alguns estariam tendo que adquirir o produto no mercado para atender seus pacientes. No
caso da rede pública, o fornecimento do Tamiflu está a cargo do Governo do Estado. “Nós recebemos os lotes da Secretaria Estadual de Saúde conforme demanda registrada, por ser
um medicamento de alto custo”, detalhou Márcia Cury, secretária de Saúde de Volta Redonda. Márcia garante que atualmente o estoque para abastecer a rede pública é
suficiente. “Hoje, nós temos estoque. Não sei se amanhã – caso a demanda aumente – teremos. Se o Estado não repuser meu estoque, eu não sei se vamos ter. No mercado tá difícil comprar”, pontuou, garantindo que quando algum hospital privado solicita ajuda, a Secretaria de Saúde de Volta Redonda procura atender. “Nós fornecemos para eles. Mas
isso está ficando preocupante”, alerta. “Espero dar conta. Vamos que vamos, um dia de cada vez”, avalia, cheia de esperanças.

Sobre os óbitos registrados, Márcia disse que “infelizmente, assim como em outras regiões do país, alguns óbitos já foram registrados por complicações da influenza, tanto na
rede pública quanto na privada”. “Em Volta Redonda, ocorreram quatro óbitos,
sendo dois em hospitais públicos e dois em hospitais privados. Para evitar complicações graves e até fatais, reiteramos que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção”, destacou na noite de terça, 27. Márcia lembra que o momento exige muita atenção de todos. “Estamos monitorando de forma constante os casos de influenza. Neste momento,
observamos um aumento na circulação do vírus, algo comum durante o outono e o inverno, mas a situação permanece sob controle”, pontuou. “Em relação ao atendimento hospitalar,
mesmo com a alta demanda nas emergências, todos os pacientes estão sendo devidamente assistidos por equipes preparadas”, garantiu ao aQui.

A Secretaria de Saúde, segundo Márcia, disponibiliza doses da vacina contra a gripe nas 46
unidades da Atenção Primária à Saúde, das 8 às 17 horas, sendo que as UBSFs 249 e Santa Cruz funcionam das 8 às 18h30min, inclusive aos fins de semana e feriados. Todas as pessoas com idade acima dos seis meses podem se vacinar, basta apresentar documento de identificação, de preferência a caderneta de vacinação. A dose é anual, portanto, quem se vacinou no ano passado precisa tomar  uma nova dose este ano.

Para garantir que a vacinação seja um método eficaz de proteção, é necessário tomar doses anuais do imunizante devido à constante evolução do vírus influenza. Para quem já
tomou o imunizante anteriormente, o esquema vacinal é de dose única.

Principais dúvidas em relação à vacina contra gripe

A vacina causa gripe?
Resposta: Não. A vacina contra a gripe é feita com vírus inativados, o que significa que não há vírus vivo no imunizante para causar a doença.

Posso tomar a vacina se estiver gripado?
Resposta: Não é recomendado. Se você estiver gripado, os sintomas da gripe podem ser
confundidos com reações à vacina, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento.

Quais são as reações mais comuns?
Resposta: As reações mais comuns são dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção, além de febre, dor muscular e dor de cabeça.

Os efeitos colaterais são perigosos?
Resposta: Geralmente, os efeitos colaterais são leves e duram poucos dias, sem necessidade de tratamento específico. Reações alérgicas graves são raras, mas, se ocorrerem, devem ser tratadas imediatamente.

Gestantes podem tomar a vacina da gripe?
Resposta: Sim, gestantes podem e devem tomar a vacina contra a gripe. A vacinação é segura e recomendada para proteger tanto a gestante quanto o bebê, pois os anticorpos
produzidos pela vacina são transferidos para o feto, conferindo proteção nos primeiros meses de vida.

Covid-19
A Secretaria de Saúde de Volta Redonda lembra que a vacinação contra a Covid-19 está concentrada em seis unidades da Atenção Primária em Saúde, atendendo a todos
os territórios da cidade. Quem ainda não se imunizou contra a doença ou precisa atualizar a caderneta de vacinação pode procurar atendimento de segunda a sexta, das 8 às
17 horas, nos seguintes locais: UBS Jardim Paraíba; UBSF Conforto; UBSF Vila Mury; UBSF Retiro II; UBSF Volta Grande; e UBSF Santa Cruz, única que atende das 8 às 18h30min, inclusive aos fins de semana e feriados.

A vacinação contra a Covid-19 é voltada para toda a população com idade a partir de 6 meses. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da SMS, Milene
Paula de Souza, para se vacinar é preciso ter um intervalo de seis meses da última dose tomada. “É importante que todos mantenham o esquema vacinal atualizado, para garantirmos a prevenção, mantendo seguros tanto quem se imuniza quanto os grupos
mais vulneráveis, como idosos e pessoas imunodeprimidas. Se estiver faltando alguma
dose, vá a uma dessas unidades e atualize o cartão de vacina”, explica Milene.


Volta Redonda registra quase 40 óbitos por SRAG só em 2025

O aumento de casos de SRAG, sigla para definir as Síndromes Respiratórias Agudas
Graves, em Volta Redonda, acendeu um alerta na Secretaria de Estado de Saúde, que
passou a redobrar a vigilância no município. De 1º de janeiro até 29 de maio, foram registradas 39 mortes pela doença – uma triste realidade que representa 8,3% dos 468
óbitos em todo o estado do Rio. A SRAG é também a principal causa do aumento da procura de leitos nos hospitais públicos e privados, com mais de seis mil internações em todo o território fluminense e pelo menos 717 na cidade do aço.

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