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Cláudio Castro faz críticas à União e diz que Lula perdeu a oportunidade de discutir monitoramento de armas durante o G20

Governador apela ao presidente Lula que cumpra os compromissos assumidos pelos líderes do evento na carta final, durante evento ‘G20 no Brasil’

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, fez um apelo ao presidente Lula, que presidiu o G20, para que ele cumpra os compromissos assumidos pelos líderes do evento na carta final apresentada à população. Castro afirmou que Lula perdeu uma oportunidade de conversar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a venda e a entrada de armas no país. As declarações foram dadas no evento ‘G20 no Brasil’, promovido pelo Grupo Globo, na manhã de quarta-feira, dia 20.

– O Lula perdeu a oportunidade de chamar o presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro da Alemanha para discutir como será esse monitoramento de armas no mundo inteiro. São elas que estão matando as nossas famílias. Eu faço um clamor ao presidente Lula para que cumpra o que ele assinou neste item 10 (da carta final do G20). Que converse com a sua diplomacia, que ela vá lá ao Paraguai, à Colômbia, à Venezuela cobrar que esse monitoramento de armas aconteça – reforçou Castro. 

Durante o seu discurso, o governador lembrou que, apenas este ano, só a Polícia Militar do Rio de Janeiro já apreendeu 580 fuzis. De acordo ele, 90% desse armamento são fabricados nos Estados Unidos e entraram no Brasil pelo Paraguai, Colômbia ou Venezuela:

– O povo que estava do lado de fora do evento, apoiando o G20, espera que essas promessas sejam colocadas em prática, que elas não sejam apenas discursos bonitos. Espero que de fato as autoridades internacionais e nacionais possam cumprir esses itens.

Estados precisam de apoio no combate à fome

Ainda ao fazer uma avaliação sobre o G20, o governador também destacou o item 74 da carta assinada pelos líderes do evento. Conforme Castro, Lula reconhece a importância de avaliar as vulnerabilidades das dívidas dos países de baixa e média renda ao redor do mundo. No entanto, há estados brasileiros, entre eles, o Rio de Janeiro, com dívidas “impagáveis”. Segundo ele, em 1997, a dívida do Rio com a União era R$ 20 bilhões. Atualmente, mais de R$ 120 bilhões foram pagos e o Estado ainda deve cerca de R$ 200 bilhões, devido aos juros cobrados.

– Temos empatia sobre a importância de abordar a vulnerabilidade da dívida de países de baixa e média renda, de maneira eficaz, abrangente e sistemática. Vamos falar de pobreza, de miséria e da fome, mas quando os estados estão sem condição de investimento, com o seu potencial econômico diminuído, também são fabricantes da fome e da pobreza – avaliou o governador.

O governador, que considerou positiva a atuação do Estado garantindo segurança pública para a realização do G20, assim como já ocorreu em outros grandes eventos, como no Réveillon, também reforçou que os compromissos com o Meio Ambiente devem ser cumpridos.

– O Rio de Janeiro tem feito a sua parte. Temos praias como Botafogo, Flamengo e Paquetá, próprias para banho outra vez. Temos o maior programa de limpeza de rios do Brasil, quase 700 rios em mais de 60 municípios foram limpos. Hoje, há um programa de contenção de encostas, de macrodrenagem, e microdrenagem que muda a vida das pessoas.

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