O workshop foi organizado pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Guandu com apoio de sua Secretaria Executiva, a AGEVAP, denominado “Seminário online fiscal de queimadas”, realizado remotamente no dia 28 de agosto. Com a participação de 85 pessoas, o encontro abordou o efeito das queimadas nos ecossistemas e a questão da conscientização sobre os impactos na sociedade.
A diretora do Comitê Guandu e Pró-Reitora de Pós-Graduação e Capacitação Profissional da Univassouras, profa. Cristiane Siqueira destacou: “todas as tratativas sobre este tema são essenciais para enriquecer os colegiados do Comitê Guandu e toda sociedade com o conhecimento e as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios ambientais e para aumentar cada vez mais a conscientização sobre os impactos das queimadas na saúde dos ecossistemas aquáticos e terrestres, além de seus efeitos diretos nas comunidades locais”. Ainda segundo ela, com a troca de informações entre os especialistas da área será possível promover a construção de novas soluções integradas, como a elaboração de planos de gestão mais eficazes, promovendo a resiliência das bacias hidrográficas dentro das próprias ações do Comitê.
Marcos Felipe Almeida Mota, cientista ambiental e doutorando em Dinâmica de Oceanos e da Terra, foi um dos palestrantes no encontro. Ele representa a Univassouras no Comitê Guandu, no grupo de trabalho de Infraestrutura Verde.
A Campanha Fiscal das Queimadas, realizada pelo Comitê Guandu-RJ, está na sua terceira edição com destaque principalmente nas redes sociais, onde vídeos de alertas contra os incêndios florestais já têm cerca de 270 mil visualizações. A inciativa acontece todos os anos durante o período mais crítico para a ocorrência das queimadas entre junho e setembro, diante da combinação de tempo seco do inverno. A Campanha deste ano traz também uma abordagem com a visão mais à área rural, baseada em estudos acadêmicos, que apontam como a questão das queimadas, e principalmente o cenário devastador deixado por elas, prejudica a qualidade do solo e a segurança hídrica da região.
“Em um momento em que o Brasil registra um aumento de 78% de registro de queimadas e concentram 46% da incidência na América do Sul, trazer esse debate é fundamental. É um problema que o Colegiado trabalha desde 2012 quando aprovou a elaboração de um Plano Associativo de Prevenção, Mitigação e Combate, e segue até os dias de hoje através de doação de material, capacitação, campanhas e o Workshop. Os prejuízos sociais e ambientais desses incêndios são inúmeros e o tempo para recuperar essa degradação é longo. Por isso a importância desse workshop em debater o problema da queimada, externar seus prejuízos e buscar articulações e projetos para diminuir cada vez mais essa agressão ao meio ambiente”. Destacou Antonio Mendes, Gerente da AGEVAP.
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