Por Pollyanna Xavier
Durante a semana, sete equinos do Clube Hípico de Volta Redonda morreram por uma provável intoxicação alimentar, provocada por uma ração possivelmente contaminada. Os animais eram alimentados com a Forrage Horse, da marca Nutratta Nutrição Animal – a mesma ração que causou a morte de 29 cavalos, entre abril e o início de junho, no Clube de Hipismo de Indaiatuba (SP). Depois deste episódio, o Ministério da Agricultura e
Pecuária determinou, por ofício, a proibição da venda da ração e o recolhimento de todos os lotes fabricados a partir de 8 de março de 2025. Em ambos os casos – Volta Redonda e Indaiatuba – ainda não se sabe o que teria provocado a suposta contaminação do produto. Amostras foram coletadas e estão em análise.
Na cidade do aço, os sete cavalos mortos por possível intoxicação alimentar apresentaram um quadro de apatia, anorexia, inapetência com sobrecarga hepática – sintomas que apareceram depois de comerem a ração. Uma equipe de veterinários do Rio está em Volta Redonda analisando e observando os demais equinos, para evitar novos óbitos.
Segundo apurado pelo aQui, a ração e o feno oferecidos aos animais serão substituídos, e as embalagens do produto serão recolhidas pela Vigilância Sanitária para análise químico-físico. Tanto os animais de Volta Redonda quanto os de Indaiatuba apresentaram desânimo e alterações hepáticas. O exame de uma égua da cidade paulista teria apontado a presença de uma bactéria.
O aQui tentou falar com o Clube de Hipismo de Volta Redonda, para saber a condição de saúde dos demais cavalos, mas ninguém atendeu a reportagem. Sabe-se que o lugar abrigava 52 cavalos; a maioria, de competição. A morte dos animais foi rápida, com poucas chances de socorro. Já a Nutratta emitiu um comunicado ao mercado informando que a marca “estava em franco processo de coleta da ração junto aos consumidores finais e aos
distribuidores”, por possíveis problemas no processo de fabricação.
