O déficit comercial de bens dos Estados Unidos teve forte em março com o aumento das importações, o que sugere que o comércio exerceu um grande peso sobre o crescimento econômico no primeiro trimestre.
O déficit comercial de bens aumentou 9,6%, chegando a US$ 162,0 bilhões, informou o Departamento de Comércio nesta terça-feira (29).
As importações de bens aumentaram US$ 16,3 bilhões, chegando a US$ 342,7 bilhões, provavelmente porque as empresas correram para trazer mercadorias para evitar as tarifas do presidente Donald Trump.
Economistas alertaram que as importações, que também foram impulsionadas por importações de ouro não monetário, podem agravar uma desaceleração econômica prevista no crescimento do Produto Interno Bruto no trimestre de janeiro a março.
As importações são uma subtração no cálculo do PIB.
As exportações de bens aumentaram US$ 2,2 bilhões, atingindo US$ 180,8 bilhões em março.
O governo vai publicar sua estimativa do PIB para o primeiro trimestre na quarta-feira, que coincidirá com os 100 dias de Trump no cargo.
Uma pesquisa da Reuters com economistas prevê aumento do PIB a uma taxa anualizada de 0,3%, o que seria o ritmo mais lento desde o segundo trimestre de 2022.
Além do impacto das importações, a incerteza causada pela política tarifária muitas vezes caótica do governo Trump, que mergulhou os Estados Unidos em uma guerra comercial prejudicial com a China, provavelmente também impactou negativamente o crescimento no último trimestre.
A economia cresceu em um ritmo de 2,4% no quarto trimestre.
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