Após ser pressionado pelo Partido Liberal (PL), o deputado Robinson Faria (PL-RN) apresentou nesta terça-feira (15) um requerimento que pede a inclusão de sua assinatura no pedido de urgência ao projeto de lei da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
O pedido de urgência foi protocolado pelo PL na segunda-feira (14).
Ferreira é um dos únicos parlamentares da legenda que não assinaram o requerimento. O outro deputado é Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP).
Robinson Ferreira foi criticado por deputados do PL por não assinar o requerimento. A CNN apurou que ele não teria assinado o documento por estar de saída do partido. Ele é pai de Fábio Faria (PP-RN), ex-ministro das Comunicações no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A CNN procurou Robinson Faria e aguarda posicionamento do parlamentar sobre o tema.
Segundo o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, não é possível incluir ou retirar assinaturas de um requerimento após o documento ser protocolado junto à Mesa. O requerimento, porém, pode perder a validade se metade dos deputados que assinaram o texto — 132 ao todo — pedirem a retirada.
Portanto, a inclusão da assinatura de Faria teria caráter “simbólico”.
Estratégia
Confirme a CNN apurou, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), estuda trabalhar para que deputados de partidos ligados à base do governo retirem assinaturas do requerimento de forma simbólica. A ideia seria mostrar rejeição ao projeto.
À CNN, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a inclusão de assinaturas de forma simbólica seria uma ofensiva à estratégia do PT.
“Como o PT quer tirar assinatura simbolicamente, vamos também incluir assinatura simbolicamente”, disse Sóstenes à CNN.