Economista: Não vemos necessidade de mais uma alta dos juros em junho

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (19) um aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, em linha com as expectativas do mercado. A decisão eleva a taxa para 14,25% ao ano.

Segundo avaliou Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, em entrevista ao CNN Prime Time, a alta já havia sido sinalizada em dezembro, quando o Copom elevou o ritmo de aperto monetário.

“Ele tinha subido em novembro 50 pontos-base, em dezembro passou para 1 e anunciou mais duas altas de uma sequência. Ele conclui hoje então essa sequência de altas que tinha sido anunciada lá atrás”, explicou.

O comunicado do Copom trouxe uma novidade: a indicação de mais uma alta na próxima reunião, porém de menor magnitude. Vitória projeta um cenário de mais uma elevação de 50 pontos-base na próxima reunião, com a Selic chegando a 14,75%. “E essa seria a última alta na nossa visão”, afirmou.

Perspectivas para junho

A economista não vê necessidade de uma nova alta em junho, considerando um cenário de desaceleração da economia e um ambiente externo mais benigno. “A gente vê o impacto no câmbio. O câmbio hoje voltando para mais próximo de R$ 5,65. É um câmbio bem mais favorável do que a gente tinha na reunião passada, por exemplo”, argumentou.

Sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter as taxas de juros nos Estados Unidos, Vitória destacou que isso traz alívio para a política monetária no Brasil.

“Quando a gente tem taxas de juros menores lá fora, aquele diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos, que fica mais ou menos constante por causa do risco Brasil, mas isso acaba impactando no tamanho dos juros que a gente tem aqui também”, explicou.

A economista ressaltou que, apesar do cenário de cautela na economia americana, com crescimento e inflação acima do esperado, a decisão do Fed trouxe certo alívio para os juros futuros, o que também se reflete no mercado brasileiro.

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