O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (31) que tem uma “posição de apoio” à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) na disputa para a presidência da Casa.
A declaração foi feita após Pacheco ser questionado sobre a possível candidatura de Eliziane Gama (PSD-MA), sua correligionária. Nesta quinta, a senadora informou oficialmente à bancada do PSD que colocará o nome “à disposição do grupo” para disputar a presidência da Casa.
O tema será debatido pela bancada na próxima terça-feira (5). O grupo é o maior do Senado, com 15 congressistas em sua composição.
“Ela [Eliziane] faz uma ressalva em relação à minha posição, porque sabe da minha posição de apoio ao presidente Davi Alcolumbre. Mas é evidente: caso ela deseje ser candidata, terá de minha parte todo o respeito para que seja mais correto possível o processo de disputa. E que vença aquele que tiver mais votos”, afirmou o presidente do Senado.
A declaração foi feita durante o XXVII Congresso Internacional de Direito Constitucional do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Pacheco recebeu o título de doutor honoris causa da instituição e foi homenageado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é docente do IDP.
Pacheco afirmou que a discussão sobre a candidatura de Eliziane é uma “questão partidária” que deve ser debatida pela bancada do PSD. “Nós vamos precisar fazer reuniões a respeito disso. Todas as pretensões são muito legítimas”, disse o presidente.
O senador também elogiou Eliziane Gama e disse que a congressista o apoiou durante os dois mandatos à frente do Senado. “Ela foi fundamental na minha gestão, foi uma grande apoiadora que eu tive. Ao criar a bancada feminina no Senado, que eu criei em 2021, ela foi uma das líderes. É uma grande senadora”, afirmou.
Proximidade com Alcolumbre
Apesar de ser do mesmo partido que Eliziane, Pacheco demonstrou predileção ao nome de Alcolumbre para a disputa à presidência da Casa. Ambos têm uma relação próxima. Alcolumbre, que presidiu o Senado entre 2019 e 2020, foi um dos grandes apoiadores da eleição de Pacheco.
“Todos sabem da minha relação com o Davi Alcolumbre. Foi um grande apoiador que tive na minha primeira eleição para presidente do Senado e na minha segunda eleição”, disse Pacheco. O presidente também afirmou que, caso Alcolumbre seja eleito, “será uma boa opção” para o comando da Casa Legislativa.
Questionado sobre os planos para o fim do mandato como presidente, que termina em fevereiro de 2025, Pacheco disse que pretende se dedicar a temas como a regulamentação da inteligência artificial, a atualização do Código Civil e a reforma do Código Penal.
“Há muitos temas no Congresso Nacional e espero contribuir com a experiência de futuro ex-presidente do Senado”, afirmou.
Candidatura de Alcolumbre
Nos bastidores, Alcolumbre é visto como o principal nome na disputa para a presidência da Casa. Na quarta-feira (30), o PL, segunda maior bancada, com 14 senadores, anunciou que vai apoiar o senador.
Outros três partidos também já anunciaram apoio a Alcolumbre:
- o PP, que tem sete congressistas;
- o PDT, que tem três senadores na Casa;
- e o PSB, com quatro integrantes.
Somadas ao União Brasil, partido de Alcolumbre, que tem sete senadores, as bancadas reúnem 35 congressistas. Para ser eleito presidente do Senado, o congressista precisa do apoio de ao menos 41 senadores.
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