Escola estadual de Itatiaia desenvolve projeto que trabalha demandas psíquicas dos alunos

Acolhimento, empatia, apoio, amor, escuta e o diagnóstico do problema. São com esses preceitos que os profissionais da educação do Ciep 488 Ezequiel Freitas, em Itatiaia, colocam em prática, desde 2015, o projeto ‘Resgatando Vidas’, que ajuda estudantes que sofrem de depressão e ansiedade, entre outras doenças psicológicas. Além disso, com a iniciativa, os servidores buscam traçar planos que resultem na melhoria da convivência escolar e social e nos índices de aprendizagem.
— Desde que assumi a direção, senti latente em mim o desejo de estar presente na vida dos nossos alunos de uma forma atenta, empática e acolhedora. O estudante que se sente acolhido e pertencente à escola, ele devolve tudo e mais um pouco nos estudos e no seu emocional fortalecido pelos nossos laços de apoio, valorização e reconhecimento — afirmou Angélica Alvarenga, diretora-geral da unidade, que criou o projeto.
Com a aplicação de um questionário composto por 17 perguntas, como “O que te deixa feliz ou triste?”, “O que marca sua vida negativamente?”, “Qual valor sua vida tem?”, “Como é seu relacionamento com seus pais e familiares?”, “Quais são seus sonhos e perspectivas para o futuro?”, “Você já fez algum acompanhamento psicológico?”, os profissionais são cirúrgicos identificando diversas situações enfrentadas pelos estudantes.
“Este projeto me resgatou e me trouxe de volta para ser a pessoa feliz que eu sempre fui. No momento que eu mais precisei psicologicamente e mais difícil da minha vida, foram eles que me ajudaram com uma conversa, dando amor, suporte e escuta”, disse a aluna Andressa Almeida, de 17 anos, dizendo que a iniciativa contribuiu também para a sua autoestima e autocontrole.
Ellen Guerra, de 17 anos, conta que todos se ajudam neste projeto. “É uma grande rede de apoio. Aqui, somos um por todos e todos por um. Esta iniciativa foi fundamental para que eu melhorasse o meu convívio social. Foi algo que me deixou surpresa quando soube e que eu realmente imaginei que pudesse transformar vidas. O que eu constatei nesses três anos que participo”, comentou Ellen.
Foto: Ana Cabral / divulgação Seeduc-RJ

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