O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou apoio ao jogador Luighi, do Palmeiras, nesta sexta-feira (7), e cobrou uma ação da FIFA, Conmebol e CBF. O jogador sofreu racismo em um jogo da Libertadores sub-20, no Paraguai.
“Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai. O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência, que fere a dignidade e a esperança da nossa juventude. A FIFA, a Conmebol e a CBF precisam agir e que os culpados sejam exemplarmente responsabilizados”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).
Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai. O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência…
— Lula (@LulaOficial) March 7, 2025
O episódio de racismo aconteceu durante a partida desta quinta-feira (6), aos 36 minutos do segundo tempo. O Palmeiras jogava contra o Cerro Porteño, saindo vitorioso por 3 a 0.
Ao ser substituído, Luighi foi chamado de macaco pelos torcedores e logo alertou a arbitragem sobre as ofensas, mas o árbitro Augusto Menendez ignorou as queixas e seguiu com a partida.
Em publicação no Instagram, o camisa 9 do time afirmou que o episódio “deixa cicatrizes”.
“Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime. Até quando? É a pergunta que espero não ser necessária… ser feita em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando”, publicou Luighi.
Ministérios se manifestam
Além do presidente Lula, os ministérios do Esporte e da Igualdade Racial se manifestaram oficialmente sobre o acontecimento com os jogadores do Palmeiras.
“Reiteramos que o racismo é crime e não será tolerado em hipótese alguma. Este Ministério exigirá, junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), uma investigação rigorosa do ocorrido e a aplicação das sanções cabíveis aos responsáveis, conforme as normas vigentes. É imperativo que as leis sejam cumpridas com rigor para coibir e erradicar qualquer manifestação discriminatória no esporte”, escreveu a pasta de Esportes em comunicado à imprensa divulgado nesta sexta-feira (7).
“Nenhum jogador, em qualquer ambiente esportivo, deve ser alvo de discriminação por sua cor, origem ou identidade”, diz publicação conjunta dos ministérios publicada no Instagram. “O Ministério do Esporte e o Ministério da Igualdade Racial reiteram o compromisso em trabalhar de forma contínua para erradicar o racismo em todas as suas formas. Estamos juntos na luta por um futebol mais justo e livre de preconceitos, com o apoio das autoridades, clubes, jogadores e, principalmente, de cada torcedor”.