Gisele garante que vai ser independente na Câmara

Por Mateus Gusmão

Uma das grandes surpresas da eleição deste ano em Volta Redonda foi Gisele Klingler, do PSB. Pouco conhecida na cidade do aço, ela obteve 1.493 votos, sendo a segunda mais votada do seu partido, que é comandado pelo deputado estadual Jari Oliveira. Tem mais. Durante a campanha, além do desafio de se apresentar ao eleitorado, Gisele teve que dividir suas atenções com um tratamento de saúde, pois tinha sido diagnosticada com um câncer de mama e já fazia sessões de quimioterapia. Em entrevista ao aQui, Gisele falou dos desafios da campanha, do apoio que recebeu de Jari e do seu tratamento de saúde. Ela ainda revelou como será sua atuação na Câmara de Vereadores a partir de 2025. “Eu vou ser independente. Terei uma atuação na linha que o deputado Jari tinha no Legislativo: se for bom para o povo, o governo municipal pode contar com meu apoio, mas se eu achar que alguma medida pode ser ruim para a cidade, vou votar contrário. Mas minha posição sempre será justa”, promete Gisele.

Questionada sobre o motivo de preferir se apresentar como independente, em vez de oposição, Gisele explicou que não terá uma postura radical de perseguição ao governo Neto. “Normalmente, a oposição critica tudo, bate em tudo. Essa não será minha linha de atuação. O que for bom terá meu aplauso e apoio. O que não for bom para o trabalhador terá minha crítica. É simples isso. Não serei uma parlamentar de tacar pedra e criticar tudo. Essa não é a linha que aprendi na política”, destacou a futura parlamentar volta-redondense. Gisele contou que o apoio do deputado estadual Jari Oliveira foi fundamental para sua eleição. “Contar com o apoio do Jari e do nosso grupo político foi de suma importância. Eu trabalho com o deputado Jari há 25 anos, desde os tempos em que éramos assessores do ex-vereador e ex-vice-prefeito Paiva”, salientou, dizendo se espelhar na atuação de Jari no Legislativo. “Jari sempre atuou com participação popular e defendendo os interesses dos trabalhadores, vou agir assim”, disse. Para mostrar que está disposta a seguir a mesma linha do deputado estadual Jari, Gisele também terá uma tenda para circular nos bairros da cidade do aço. Será o projeto ‘Vereadora no seu bairro’. “Não tinha como ser diferente, fazemos política assim. Vou ter a tenda e vamos fazer todas as sextas-feiras esse projeto, em um bairro de Volta Redonda, atendendo a população, recebendo suas demandas e prestando contas do mandato”, salientou, ressaltando a diferença do projeto de Jari. “Minha tenda será lilás, e não amarela”, brincou.

Após uma legislatura sem mulheres na Câmara de Volta Redonda (2021-2024), a partir de janeiro o Poder Legislativo voltará a ter duas mulheres: Gisele e Carla Duarte (eleita com apoio do deputado Munir Neto). “É muito importante que as mulheres voltem a ter representatividade no Legislativo. Pena que seremos apenas duas, era necessário mais. Afinal de contas, a maioria do eleitorado volta-redondense é de mulher”, opinou.

Sobre a sua saúde, Gisele contou que descobriu que estava com câncer de mama em maio. “Quando descobri, o nosso grupo político estava debatendo quem seria candidato a vereador, e eu já tinha sido escolhida. Em nenhum momento pensei em desistir da campanha. Sempre tive a certeza de que, com a ajuda de Deus, da família e dos amigos, iria vencer essa batalha”, disse, ressaltando que descobriu o tumor através de um autoexame da mama.

“Eu descobri meu câncer através de um autoexame da mama. É importante a mulher conhecer seu corpo, fazer o toque. Eu senti um caroço diferente e procurei ajuda médica. E houve a confirmação após o exame de imagem. É muito importante esse diagnóstico precoce, para que o tratamento possa dar certo”, comentou a vereadora eleita, que terminou suas sessões de quimioterapia apenas uma semana depois da eleição.

Eleita, Gisele destaca que irá atuar para que as consultas médicas com especialistas e exames de imagens sejam marcados com mais rapidez em Volta Redonda. “A chance de cura é muito maior com a descoberta rápida. O paciente oncológico deve ter prioridade no atendimento. Eu conheci relatos de pessoas que descobriram o câncer e que levaram meses para iniciar o tratamento. Isso não pode ocorrer”, pontuou, dando uma pequena amostra do que pode fazer no plenário da Casa de Leis a partir do ano que vem.

 

Foram prorrogadas até o dia 8 de dezembro as inscrições para os interessados em participar da Chamada para Aceleração do Vírgula Startups – programa a ser realizado pelo espaço “Vírgula Hub de Inovação” de Volta Redonda, que funciona em um shopping da cidade. O cadastro pode ser feito pelo site www.virgulahub.com.br. “O papel do Vírgula é esse, de conectar um empreendedor com uma boa ideia a alguém com recurso para investir nela, além de o espaço oferecer as ferramentas para que esse empreendedor possa expandir seu negócio”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Sérgio Sodré.

O Estado do Rio de Janeiro terá a partir de agora um dia dedicado aos cuidadores de animais. Será sempre no dia 4 de abril, conforme lei de autoria do deputado Rosenverg Reis, que já foi sancionada pelo governador Cláudio Castro. A data, para quem não sabe, foi escolhida por já ser comemorada, mundialmente, como o Dia dos Animais de Rua, lançada por organizações holandesas como uma forma de ajudar a diminuir o número de animais de abandonados no país. Segundo a Organização Mundial da Saúde, hoje, existem mais de 200 milhões de animais em situação de rua pelo mundo. No Brasil, são cerca de 30 milhões de animais abandonados – 10 milhões gatos e 20 milhões cães. De acordo com Rosenverg Reis, os números demonstram como é necessário conscientizar a população sobre as situações de abandono dos animais. “Instituir o 4 de abril como Dia Estadual do Cuidador de Animais é um justo reconhecimento aos profissionais que, ao cuidarem dos animais, também estão contribuindo para a saúde pública em geral, além da proteção e dos direitos dos bichos”, justifica. Ah, o 4 de abril, por enquanto, não será feriado estadual, não.

 

Os servidores públicos em exercício de suas funções que estiverem sendo julgados por qualquer tipo de abuso sexual deverão ser imediatamente redistribuídos para atividades que não envolvam contato direto com crianças e adolescentes até o trânsito em julgado da decisão judicial. A partir da sentença condenatória irrecorrível, o servidor deve ser permanentemente afastado do exercício da função, enquanto durarem os efeitos da condenação. A determinação consta do Projeto de Lei 1.948/23, do deputado Carlinhos BNH, que a Alerj aprovou na quinta, 21, em segunda discussão. A medida segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la. Pelo PL, os órgãos administrativos fluminenses deverão exigir a certidão de antecedentes criminais, bem como da certidão negativa criminal, anualmente e quando convier. “A proposta tem por finalidade aprimorar a proteção desse grupo extremamente vulnerável, uma vez que é dever do Estado colocar a criança e o adolescente a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, conforme prevê o artigo 227 da Constituição Federal”, justificou BNH.

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