Gleisi sobre fim da reeleição: Se estiver “bem“, tem direito de continuar

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse, neste domingo (16), ser contra a proposta que estabelece o fim da reeleição para cargos do Executivo no Brasil. Segundo ela, um mandato de quatro ou cinco anos é pouco tempo para que se realize medidas de impacto na gestão, e o governante que estiver atuando bem, tem o direito de continuar na função.  

“Penso que o estatuto de reeleição é uma coisa que possibilita as pessoas avaliarem quem está no comando e quem está fazendo o serviço. Então quem está fazendo o serviço, está bem, tem o direito a continuar”, afirmou em entrevista ao programa “PodK Liberados”, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). 

De acordo com Gleisi, a reeleição é um artefato importante para garantir que programas de governo fiquem concretizados.  

“Quatro anos é muito pouco, mas cinco também é. É difícil fazer um mandato que realmente tenha impacto, que mude, que faça um curso da história diferente só em cinco anos. Acho que ter a reeleição é importante por isso, você criar uma tendência no programa”, disse.  

 

O Senado deve pautar, neste ano, uma pequena reforma eleitoral. Entre as principais alterações estão o fim da reeleição para cargos do Executivo e a ampliação do mandato para cinco anos; a junção entre eleições municipais e gerais; e a definição de oito anos para inelegibilidade dos políticos condenados.

As mudanças para a reeleição e tempo de mandato devem ser apresentadas como propostas de emenda à Constituição. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já mostrou disposição para votar a proposta.  

A esquerda, capitaneada pelo presidente Lula, é contra a iniciativa. Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), por outro lado, apoiam o fim da reeleição. 

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