16/05/2025 08:54

Governistas veem que crise do INSS deve ser a pior à popularidade de Lula

Governistas avaliam que a crise do INSS deve ser a pior para a popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até o momento. Isso porque o cerne da questão é simples de qualquer um entender: um roubo contra idosos. Muitos dos atingidos pela fraude, aposentados de renda mais baixa, representam parte importante do eleitorado do PT.

O governo ainda não sabe o tamanho do rombo, nem quanto vai ressarcir. Enquanto isso, numa ação para desgastar a gestão petista nas ruas, vereadores do PL foram orientados a fazer gabinetes itinerantes pelo país para ajudar aposentados vítimas da fraude na Previdência.

Diante da força da oposição para instalar a comissão, governistas já começam a admitir nos bastidores que podem apoiar a iniciativa, desde que a gestão de Jair Bolsonaro (PL) também seja investigada. Nesta quinta-feira (15), Fabiano Contarato (PT-ES) foi o primeiro senador do PT a assinar o pedido.

A mudança de postura veio no mesmo dia em que o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), foi ao Senado falar sobre o caso. Wolney tentou esfriar os ânimos dos parlamentares e tirar a responsabilidade do governo Lula.

Em dado momento, trocou acusações sobre as fraudes com o senador e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro (União Brasil-PR).

Denúncias de fraudes já eram feitas por servidores do INSS desde o governo Michel Temer (MDB). Para parte de deputados da base aliada, o governo demorou a colher esses dados e a reagir à crise, e agora tenta recuperar o tempo perdido.

Mexendo em outro ponto sensível para os apoiadores, nesta quinta o governo reduziu de dois para um ano a regra de proteção do Bolsa Família. O mecanismo permite que famílias continuem recebendo uma fração do benefício mesmo depois de um aumento de renda, desde que em situação de vulnerabilidade. A mudança passa a valer a partir de junho.

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