Após cancelar o leilão do arroz por suspeita de fraude, o governo federal decidiu envolver órgãos de controle e fiscalização para reformular o texto e relançar a concorrência pública para importação do grão.
A ideia, segundo fontes do governo ouvidas pela CNN, é aumentar as exigências das empresas, especialmente sobre capacidades técnica e financeira das empresas participantes da concorrência.
Apesar dos problemas e das críticas dos produtores, o governo não cogita cancelar a compra internacional.
Foram convocadas para participar da elaboração do novo edital a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia Geral da União (AGU) e a Receita Federal.
Uma apuração interna busca descobrir quais foram os servidores que possam ter falhado na elaboração do edital cancelado.
O governo aponta alguns problemas no texto. Um deles foi a “reciclagem” do texto de um edital antigo, com vícios, que, consequentemente, permitiu empresas vencedoras sem estrutura para o negócio.
Outro problema seria a obrigatoriedade de compra do arroz com intermediação por corretoras que atuam em Bolsas de Mercadorias e Cereais, previsto no edital cancelado.
O edital foi conduzido pelo diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, indicado pelo ex-deputado Neri Geller, que deixou o cargo no Ministério da Agricultura em meio à decisão de anular a concorrência. Opositores aponta um possível favorecimento a uma empresa ligada ao filho de Geller.
Compartilhe: